Diretora-Geral da Saúde defende que ainda não é necessário um programa nacional de saúde da mulher

20 de Junho 2024

No podcast “Como anda a nossa saúde?”, a médica fez ainda um balanço sobre a cobertura vacinal para a Covid-19 e gripe, assim como o processo de inclusão das farmácias comunitárias na campanha de vacinação.

Em entrevista ao podcast “Como anda a nossa saúde?”, a Diretora-Geral da Saúde, Rita Sá Machado, afirmou que “ainda não surgiu a necessidade” de criar um programa nacional de saúde da mulher em Portugal, à semelhança dos que já existem noutros países. A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) havia proposto publicamente, no ano passado, a importância de avançar com este plano.

“Embora não exista um programa vocacionado para a saúde da mulher, nós temos várias áreas que, se as interligássemos formalmente através de um documento, teríamos também um programa nacional para a saúde da mulher”, explicou Rita Sá Machado. A diretora-geral justificou que as ações em curso parecem estar a funcionar, por enquanto.

Rita Sá Machado, que assumiu o cargo na Direção-Geral da Saúde (DGS) em novembro do ano passado, não descarta, entretanto, a criação de um programa no futuro. “Dentro da Organização Mundial da Saúde, começa-se a falar não só de programas para a saúde da mulher, mas também de programas para a saúde do homem, porque são áreas importantes para a nossa sociedade”, acrescentou.

A diretora-geral também abordou a inclusão das farmácias comunitárias nas campanhas de vacinação, uma medida que gerou controvérsia. “Os portugueses gostaram de ter mais um ponto de contacto com o sistema de saúde” e as farmácias comunitárias reforçaram os pontos de vacinação sazonal. “Esperamos poder contar com as farmácias comunitárias no próximo ano”, afirmou.

No podcast da Onya Health, Rita Sá Machado revelou ainda que houve uma diminuição no número de vacinados contra a Covid-19 no último inverno em comparação com o ano anterior, justificando a queda com a “fadiga pandémica”. No entanto, destacou que a taxa de cobertura vacinal contra a gripe manteve-se em níveis semelhantes aos anos anteriores.

A conversa abordou também o papel da DGS na vida dos portugueses, os desafios para a saúde advindos da migração na Europa e o envelhecimento da população, temas que continuam a ser relevantes para a saúde pública em Portugal.

NR/PR/HN

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