“Foi uma transformação enorme (…), mas sem percebermos como está a correr é muito difícil aferir o que vai acontecer”, afirmou António Gandra D´Almeida, que foi hoje ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde, a pedido do PS, sobre os internamentos sociais.
Questionado sobre a reforma das Unidades Locais de Saúde (ULS), disse que é preciso recolher dados, dando tempo para que o sistema se possa “adequar às novas realidades” e às “integrações dos diferentes serviços”, dos cuidados de saúde primários às estruturas hospitalares.
“Certamente haverá pontos a melhorar”, reconheceu o responsável, acrescentando: “estamos do lado da solução”.
Sobre as dificuldades apontadas pelos autarcas, que se sentiram excluídos desta reforma, disse que, mesmo tendo assumido funções há duas semanas, já visitou algumas ULS e considerou que as autarquias “são fundamentais” e “fazem parte da solução porque têm a perceção dos problemas localmente”.
“Cada uma [das ULS] tem a sua particularidade. Uma ULS no Alentejo é diferente de uma ULS no Norte. Cada uma tem as suas particularidades”, afirmou, acrescentando que se tem “de analisar não só os números, mas as necessidades e realidades locais”.
O diretor executivo do SNS foi também questionado pelo deputado da Iniciativa Liberal Mário Amorim Lopes sobre as contratações para os conselho de administração das ULS – depois de a ministra da Saúde ter dito que havia “lideranças fracas” -, tendo garantido que a estratégia é “colocar as pessoas mais competentes”.
“E é isso que vamos fazer”, acrescentou.
LUSA/HN
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