“Para este concurso vai ser disponibilizado um envelope financeiro de 40 mil euros para o financiamento de quatro projetos de caráter exploratório, envolvendo investigadores de ambas as instituições e sempre que possível incluindo estudantes no seu desenvolvimento e que alimentem de alguma forma a investigação de caráter multidisciplinar”, revelou Telmo Pereira, vice-presidente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTeSC) do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC).
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do IPC e a Unidade Local de Saúde de Coimbra celebraram na terça-feira um acordo de parceria denominado CO4ID – Co Creating for Inter-disciplinarity.
O acordo firmado entre as duas instituições visa “fomentar a colaboração interinstitucional, promover a interdisciplinaridade na área da saúde e tecnologia, e contribuir para o desenvolvimento de projetos inovadores que beneficiarão a comunidade de Coimbra”.
Durante a formalização da parceria, que decorreu na tarde de terça-feira, Telmo Pereira informou que este concurso pretende criar “uma simbiose entre o contexto académico e contexto de cariz mais clínico”.
“Os projetos serão de caráter exploratório e que possam ancorar ideias preliminares, que futuramente possam levar à criação e ao desenvolvimento de projetos mais sólidos e que visem outro financiamento”, explicou, acrescentando que deverão ter uma duração entre 12 e 18 meses.
Em seu entender, esta iniciativa “contribuirá decisivamente para densificar as atividades de investigação, bem como os seus ‘outputs’”, para além de promover “uma renovada forma de parceria entre a academia e o contexto clínico, que seguramente terá benefícios para a região”.
Já Alexandre Lourenço evidenciou que a ULS de Coimbra tem a ambição de ser a unidade de saúde em Portugal com maior grau de inovação.
“Sabemos que os desafios que nós temos na saúde passam essencialmente pela necessidade de inovar e de encontrar novas soluções para prestar cuidados. E nada melhor do que trabalharmos com uma escola de tecnologias da saúde para conseguir cumprir esse objetivo”, justificou.
Ainda de acordo com o presidente da ULS de Coimbra, os atuais modelos de cuidados “não servem, nem são suficientes, para enfrentar os desafios na área da prevenção, na área do diagnóstico, na área da prestação de cuidados de saúde”.
“Estes quatro projetos podem ser a semente de um trabalho muito mais intenso, em termos de inovação e desenvolvimento de financiamentos também nacionais, ao nível do [quadro comunitário de apoio] PT 2030”, indicou.
Já o presidente da ESTeSC considerou que durante a tarde de hoje foi criada “a ponte que tardava”, entre a academia e o e o meio clínico.
“Estou convencido que iremos, através desta semente, catapultar a nossa investigação, para depois fazermos candidaturas mais competitivas e trazer dinheiro para as instituições”, alegou.
Na sua intervenção na cerimónia de assinatura da parceria, o presidente do IPC, Jorge Conde, frisou que este é um primeiro mecanismo “capaz de ajudar a que essas sementes se lancem à terra e depois possam crescer”.
“Este é mais um passo para garantirmos que entre as duas instituições é possível fazer coisas novas e estabelecer novos horizontes na investigação, que trará melhor trabalho para todos nós, mas fundamentalmente trará melhores resultados para os doentes, para aqueles que nós formamos para formar”, concluiu.
LUSA/HN
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