Para assinalar o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, celebrado em Portugal dia 20 de julho em honra do primeiro transplante de órgãos realizado no país, o Prof. Jorge Malheiro, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), destaca que Portugal está entre os países europeus com maior taxa de transplantes renais.

O transplante de rim é o mais comum em Portugal, tendo sido realizados 547 transplantes renais em 2023, incluindo 71 de dador vivo. O transplante renal de dador vivo oferece diversas vantagens, como uma preparação mais detalhada, a possibilidade de iniciar terapêutica imunossupressora antecipadamente e maior sobrevivência do enxerto, permitindo aos recetores viverem mais tempo sem necessidade de diálise.

Os doentes renais têm a opção de hemodiálise ou diálise peritoneal como alternativas ao transplante. Em casos excecionais, o transplante torna-se a única solução, sendo prioritários na lista de espera aqueles sem outras opções viáveis de tratamento. A elegibilidade para o transplante renal é determinada por avaliação clínica nas consultas pré-transplante, considerando aspetos clínicos, imunológicos e éticos.

Para aumentar a doação de órgãos, a SPN destaca a importância de incentivar e expandir as equipas de promoção de colheita nos hospitais, desenvolver programas de doação em paragem cardiocirculatória e informar a população sobre os benefícios da doação de órgãos, tanto para transplantes de dador falecido quanto de dador vivo.

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