O grande objetivo é contribuir para a sustentabilidade do sistema de saúde e o respeito pelo ambiente.
O período de candidatura para a 1.ª edição do Prémio Inovação em Saúde – Todos pela Sustentabilidade está oficialmente aberto. A consulta de todos os detalhes, nomeadamente composição do júri, regulamento e procedimentos de submissão de projetos deve ser feita através da plataforma digital premioinovacaosaude.pt/.
Neste Prémio, dirigido a entidades públicas e privadas e à sociedade civil, as organizações promotoras decidiram introduzir o conceito de desafios, por contraposição ao tradicional conceito de categorias, ou seja, os candidatos são convidados a responder a desafios concretos do mundo real em 4 áreas distintas: social; sustentabilidade ambiental; económica; e transformação digital.
Durante a Cerimónia, cuja abertura ficou a cargo de João Eurico da Fonseca, Diretor da FMUL e Presidente Executivo do Júri, Maria de Belém Roseira, Presidente do Júri, Helena Freitas, Diretora-Geral da Sanofi Portugal, e Ricardo Constantino, Partner, Head of Public Sector & Health da NTT DATA Portugal, ficou claro que o sentido último da Inovação em Saúde é o de melhorar a vida das pessoas e que a colaboração e a coordenação entre os setores público e privado é essencial para garantir a sua sustentabilidade.
Maria Belém Roseira, na qualidade de Presidente do Júri, lançou o desafio “às organizações de saúde, às entidades e personalidades, para que contribuam com o seu conhecimento e a sua capacidade de iniciativa para resolver as questões da sustentabilidade, respeitando a equidade e garantindo o cumprimento da missão que lhes cabe, que é o cumprimento dos indicadores de saúde.”
Por seu lado, Helena Freitas, Diretora-Geral da Sanofi, reitera “Temos um compromisso forte com a inovação nacional e com a atração de investimentos para a investigação clínica, promovendo avanços significativos na saúde.”
Já Ricardo Constantino, Partner da NTT DATA Portugal, declara “Vivemos tempos desafiantes onde a Sustentabilidade e a Inovação não são apenas desejáveis, mas absolutamente necessários. Por isso, acreditamos que a transformação digital e a inovação têm o poder de revolucionar a forma como os cuidados de saúde são prestados.”
Na mesa-redonda com o tema “Tendências e Desafios em Inovação em Saúde Sustentável”, moderada por João Forjaz Lacerda, Professor da FMUL, cujo painel foi composto por Ana Sampaio, Presidente da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI), Luís Costa, Diretor do Centro de Investigação Clínica do CAML, Pedro Gouveia, Professor da FMUL e Cirurgião no Centro Clínico Champalimaud, Ricardo Cruz-Correia, Professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e Rui Santos Ivo, Presidente do Infarmed, concluiu-se que ainda há um caminho a percorrer para colmatar os desafios de comunicação e organização em torno das necessidades dos doentes, bem como na recolha e tratamento de dados, sendo necessária uma maior colaboração entre clínicos e data scientists, de forma a garantir a correta utilização destes dados, tanto na gestão clínica como na organização de recursos. Durante esta reflexão, ficou ainda patente a preocupação com a sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde devido aos custos que a Inovação acarreta, mas também a ideia de que a tecnologia deve ser acompanhada de uma correta e mais eficiente ação humana, caso contrário não conseguirá ser traduzida em ganhos para a saúde. Por fim, foi ainda sublinhada a necessidade de Portugal olhar mais além e comparar-se, numa perspetiva de desafio e melhoria contínua, com outros ecossistemas de cuidados de saúde, a começar pela perspetiva Ibérica.
Isabel Vaz, CEO do Grupo Luz Saúde, com referência aos atuais desafios enfrentados pelos sistemas de saúde, nomeadamente o de subfinanciamento, respondeu com as necessidades de otimização do recurso a profissionais de saúde altamente diferenciados, através da maximização da eficiência operacional e de estratégias de up-skilling; de melhorar o acesso à inovação através de novas parcerias baseadas em ensaios clínicos e em contratos de partilha de risco; de expandir o uso da tecnologia e da saúde digital; de desenvolver novos modelos assistenciais e de utilizar o big data para garantir um maior controlo e prevenção de doenças. Ainda nas palavras da keynote speaker, a Inteligência Artificial generativa veio para revolucionar a forma como são prestados os cuidados de saúde.
Durante o evento, Patrícia Calado, Head of Clinical Innovation da NTT DATA Portugal, apresentou o “Barómetro da Inovação Clínica”, cujo propósito é refletir a perspectiva dos Centros de Investigação acerca da Inovação Clínica nas suas instituições. A análise do barómetro irá oferecer dados relevantes para apoiar a tomada de decisões estratégicas e fomentar um ecossistema de inovação clínica que se pauta pela melhoria contínua dos cuidados prestados aos doentes.
Em conclusão, o Professor João Eurico da Fonseca relembra que “O desejo de todos é que a Inovação em Saúde, que está documentada como sendo benéfica, chegue às pessoas. E para que isso, num país como Portugal, é preciso garantir que aconteça de uma forma socialmente aceitável, o que quer dizer, para todos de forma igual.”
No final deste encontro, é transversal a ideia de que é necessário continuar a investir continuamente e de forma sustentada em Inovação em Saúde, potenciando resultados, mas também gerindo os custos e os recursos com responsabilidade porque haverá mais doentes para tratar amanhã, e estes vão precisar de meios e das melhores soluções à sua disposição.
As candidaturas ao Prémio Inovação em Saúde – Todos pela Sustentabilidade estão abertas até 15 de setembro, aceda a toda a informação e visite o site do prémio, aqui.
PR/HN
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