O diretor-geral do Ministério da Saúde do Estado do Darfur Norte, cuja capital é El Fasher, Ibrahim Jatir, declarou ao Sudan Tribune que os feridos apresentavam sinais compatíveis com a utilização de armas químicas, mas as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
A ofensiva das RSF em El Fasher tornou-se num dos episódios mais sangrentos da já devastadora guerra que começou no país a 15 de abril de 2023.
Mais de mil pessoas foram mortas desde o início da ofensiva, em maio, e mais de 500.000 foram deslocadas da cidade, segundo as estimativas mais conservadoras. O exército sudanês está a atuar em El Fasher com a ajuda da milícia do governador da região, Minni Minawi.
Os comités locais da resistência calculam em 97 o número de mortos da última ofensiva das RSF, e fontes do Hospital Saudita confirmaram ao Sudan Tribune que muitos dos feridos têm queimaduras provocadas por armas incendiárias.
Nove deles têm queimaduras de primeiro grau e fontes hospitalares falam da utilização de “armas proibidas pela comunidade internacional”, como o fósforo branco, segundo essas fontes, que falaram sob condição de anonimato.
LUSA/HN
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