Henrique Botelho, uma figura proeminente da medicina e um fervoroso defensor do Serviço Nacional de Saúde (SNS), faleceu este domingo em Braga, aos 68 anos, vítima de doença súbita. A sua morte deixa um vazio significativo na comunidade médica e na sociedade civil.
Botelho dedicou grande parte da sua vida à medicina e ao SNS, desempenhando um papel crucial em várias instituições ao longo da sua carreira. Foi diretor do Centro de Saúde de Terras de Bouro até 2009, e integrou a equipa da Unidade de Saúde Familiar Manuel Rocha Peixoto, em Braga. Entre 2009 e 2012, ocupou o cargo de diretor executivo do AceS Ave I – Terras de Basto.
Em 2016, Henrique Botelho foi nomeado coordenador nacional para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, uma posição que lhe permitiu influenciar a conceção de importantes peças legislativas. Além disso, coordenou a Equipa Regional de Apoio e Acompanhamento, contribuindo significativamente para o aprimoramento dos cuidados de saúde primários.
Reconhecido pela sua prolífica produção académica, Botelho foi autor de inúmeros artigos científicos e participou ativamente em conferências e debates sobre saúde. Sempre se manifestou como um defensor incansável do SNS, posicionando-se contra as falsas taxas moderadoras e a privatização do sistema de saúde.
Para além da sua contribuição no campo da saúde, Henrique Botelho também se destacou como docente na Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, na Faculdade de Medicina do Porto, no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e na Católica Porto Business School.
A sua paixão pela comunidade estendia-se além da sua vida profissional. Em Braga, Botelho participou ativamente em diversos movimentos cívicos, incluindo o protesto contra a instalação da estátua de Cónego Melo, demonstrando a sua dedicação às causas que considerava justas e necessárias.
NR/HN
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