O paciente, de nacionalidade portuguesa, apresentou os primeiros sintomas em 11 de julho após realizar atividades agrícolas. Foi admitido no Hospital de Bragança com sintomas inespecíficos, vindo a falecer posteriormente. O diagnóstico foi confirmado post mortem pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
A FHCC é transmitida por carraças infectadas, principalmente das espécies Hyalomma lusitanicum e Hyalomma marginatum, presentes em várias regiões de Portugal. O caso não tem histórico de viagens internacionais, sugerindo uma possível exposição local durante atividades ao ar livre.
Em resposta, as autoridades de saúde iniciaram uma investigação epidemiológica, incluindo a identificação de contatos e investigações entomológicas reforçadas no distrito de Bragança. Até o momento, não foram identificados casos adicionais ou contatos sintomáticos.
A DGS enfatiza que o risco para a população é reduzido, já que o vírus não foi detectado anteriormente em carraças na rede de vigilância entomológica REVIVE. No entanto, recomenda-se cautela durante atividades ao ar livre, incluindo o uso de roupas apropriadas e repelentes.
Este caso surge em um contexto de aumento de detecções de FHCC na Europa, possivelmente relacionado ao aumento das temperaturas médias. Espanha, país vizinho, confirmou 16 casos desde 2013, com os dois mais recentes em abril e junho de 2024.
A DGS assegura que continuará monitorando a situação e atualizando as orientações para profissionais de saúde, visando melhorar a detecção, diagnóstico e tratamento de casos suspeitos.
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