Moçambique cria centros de isolamento para Mpox

30 de Agosto 2024

Mais de 22.800 casos e pelo menos 622 mortes por Mpox foram registados desde janeiro em 13 países africanos, confirmou a União Africana na terça-feira. Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infeciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional.

As províncias moçambicanas de Sofala, no centro do país, e Maputo, no sul, anunciaram a criação de pontos de isolamento para prevenir eventuais casos de Mpox em Moçambique. Assane Abdala, médico chefe na província de Sofala, afirmou que “todas as sedes distritais receberam orientações para terem um ponto de isolamento para estes casos, porque eventualmente há casos suspeitos”.

O Ministério da Saúde de Moçambique informou, na segunda-feira, que o país continua sem casos positivos de Mpox, após análises a sete casos suspeitos da doença registados entre 14 e 26 de agosto, que deram resultado negativo.

Além de Sofala, a província de Maputo também ativou o plano de resposta, que inclui a criação de pontos de isolamento e o reforço do controlo fronteiriço. Celestina da Conceição, médica chefe da província de Maputo, declarou que “há um reforço no controlo, sobretudo fronteiriço. Quando as unidades de saúde têm um caso suspeito fazemos a recolha da amostra e enviamos ao Instituto Nacional de Saúde”.

O Instituto Nacional de Saúde (INS) moçambicano afirmou estar em prontidão laboratorial máxima para fazer a testagem de casos suspeitos de Mpox no país, acreditando que pode responder a qualquer demanda. Eduardo Samo Gudo, diretor nacional do INS, disse que “em termos de testagem, estamos em prontidão laboratorial máxima. Temos capacidade de aumentar a nossa capacidade e a nossa dinâmica, se for necessário, mas o número de suspeitos [ainda] é baixo, não nos parece que a curto prazo essa seja a nossa preocupação”.

O Malawi, país vizinho de Moçambique, não registou nenhum caso de Mpox até 24 de agosto, segundo um comunicado do Ministério da Saúde daquele país, que admitiu, entretanto, que o país está em “grande risco”.

NR/HN/Lusa

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