A atual paralisação, que começou a 23 de julho, termina no sábado, mas um novo período de greve foi definido para vigorar entre 16 de setembro e 31 de dezembro.
Segundo a Fnam, o prazo que o Ministério da Saúde, liderado por Ana Paula Martins, estabeleceu para concretizar as medidas urgentes do Plano de Emergência para a Saúde esgotou-se, mas os problemas persistem. Perante esta situação, a estrutura sindical afirma não ter outra alternativa senão continuar as formas de luta, renovando a greve médica ao trabalho suplementar nos Cuidados de Saúde Primários (CSP).
Entre as reivindicações da Fnam, que em julho cumpriu simultaneamente dois dias de greve geral, encontram-se a reposição do período normal de trabalho semanal de 35 horas e a atualização da grelha salarial, a integração dos médicos internos na categoria de ingresso na carreira médica, bem como a reposição dos 25 dias úteis de férias por ano e de cinco dias suplementares de férias se gozadas fora da época alta.
A decisão de prolongar a greve ao trabalho extra nos centros de saúde até ao final do ano surge como uma forma de pressão sobre o Governo, que, segundo a Fnam, não tem apresentado soluções adequadas para resolver os problemas que afetam os profissionais de saúde e os utentes. A federação sindical espera que esta ação de protesto leve o Ministério da Saúde a atender às suas reivindicações e a adotar medidas concretas para melhorar as condições de trabalho e a qualidade dos serviços prestados nos CSP.
NR/HN/Lusa
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