As termas de Monte Real estão encerradas desde o verão de 2015, após terem sido atingidas pelas cheias provocadas pela rutura dos diques do rio Lis em fevereiro de 2014.
Segundo a DGEG, as obras de reconstrução dos edifícios do estabelecimento termal e do SPA, especialmente a colocação de estacas, puseram em contacto a água proveniente do aquífero do Sal-Gema com a água de Monte Real, alterando significativamente as suas características hidroquímicas.
Para o levantamento da suspensão da atividade termal, é necessário obter água mineral natural com estabilidade físico-química, o que ainda não foi possível, apesar dos esforços da concessionária ITMR – Indústria Termal de Monte Real, SA. Atualmente, apenas o SPA está em funcionamento, utilizando água da rede de consumo humano.
A DGEG não avançou com uma data para o levantamento da suspensão, pois a qualificação de uma nova água mineral natural distinta das do tipo Monte Real e Santa Rita implicará um programa de controlo analítico, uma adenda ao contrato e um estudo médico-hidrológico, sendo estes procedimentos lentos e exigentes.
A ITMR tem realizado trabalhos de investigação em estreita colaboração com a DGEG, incluindo prospeção, pesquisa, novas captações e alterações estruturais nas captações existentes, mas até ao momento estas iniciativas não se revelaram suficientes para retomar a atividade termal, cuja suspensão acarreta prejuízos avultados, extensivos à atividade hoteleira associada.
Tanto a DGEG como a ITMR asseguraram que vão continuar a trabalhar para criar as condições necessárias à reativação termal, considerada uma mais-valia para a economia local e nacional.
NR/HN/Lusa
0 Comments