As reuniões tiveram início com o partido Livre, seguido pelo Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal, Partido Comunista Português, Partido Socialista, Pessoas-Animais-Natureza e CDS-PP, culminando no dia 18 de setembro. Curiosamente, o Partido Social Democrata (PSD) não se mostrou disponível para participar nas discussões.
Durante os encontros, a FNAM apresentou uma análise crítica do estado atual do SNS, desmascarando diversas operações de propaganda do Ministério da Saúde, liderado por Ana Paula Martins. A FNAM destacou questões alarmantes, como o aumento do caos na Obstetrícia, onde várias grávidas têm dado à luz em ambulâncias, e a crescente lista de espera cirúrgica, além da escassez de médicos nas áreas de Saúde Pública e Medicina Geral e Familiar. Atualmente, cerca de 1.7 milhões de utentes estão sem médico de família, situação que poderá piorar devido ao desvio de recursos humanos e financeiros para as Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo C, de natureza privada.
A FNAM criticou a postura conflituosa da Ministra da Saúde, que tem promovido negociações superficiais e implementado unilateralmente diplomas que agravam a falta de médicos no SNS, como as alterações aos concursos de recrutamento e o pagamento por trabalho suplementar.
Apesar das divergências entre os partidos em relação ao modelo de gestão do SNS, todos concordaram na necessidade de melhorar as condições de trabalho dos médicos e garantir remunerações justas, em função da sua grande responsabilidade. O líder da maior força da oposição também afirmou que tais medidas são cruciais para evitar a fuga de médicos para o setor privado e para o estrangeiro.
A FNAM fez um apelo a todos os partidos para que estejam presentes na manifestação agendada para o dia 24 de setembro, às 15h00, em frente ao Ministério da Saúde. Esta manifestação marcará o início de dois dias de greve médica, nos dias 24 e 25 de setembro, onde se exigirá uma Ministra que realmente sirva o SNS.
FNAM/HN
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