O primeiro óbito foi registado no domingo, tratando-se de um homem de 98 anos que estava internado há três dias no Hospital Regional São Francisco de Assis, em São Filipe, Fogo, com dengue grave.
A segunda morte aconteceu na terça-feira, no concelho da Praia, capital de Cabo Verde, correspondendo a um homem com dengue grave, cuja idade não foi revelada, que estava internado no Hospital Agostinho Neto há dois dias.
Desde o surgimento do primeiro caso, em novembro de 2023, o país vem registando surtos periódicos de dengue, tendo sido já notificados 4.146 casos confirmados, no total acumulado.
O concelho da Praia, ilha de Santiago, concentra 70% daquele total de casos acumulados de dengue no arquipélago.
Outros concelhos de Santiago já registaram casos, assim como as ilhas do Fogo, Brava e Maio.
Nas restantes ilhas, algumas não têm registo de casos confirmados acumulados ou rondam uma dezena, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.
No final de agosto, o Governo cabo-verdiano declarou situação de alerta de proteção civil durante três meses nas ilhas de Santiago, Fogo e Brava (adjacente à ilha do Fogo), devido ao risco de aumento de casos na época das chuvas.
As autoridades têm apostado em ações de desinfestação dentro dos domicílios e na limpeza de bairros da cidade da Praia, para eliminar focos de mosquitos, que espalham a doença, geralmente associados a águas paradas.
O presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, Domingos Tavares disse à Lusa que “há uma certa resistência da população em colaborar com o Ministério da Saúde e é nesse sentido que a sensibilização será o fator chave”.
O surto mais grave de dengue em Cabo Verde foi registado em 2009, com 21.000 casos e seis óbitos, todos na ilha de Santiago.
A dengue é uma doença curável, mas que requer atenção médica.
Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, a par de inflamações na pele, fazem parte dos sintomas da infeção que, nos casos mais graves, pode evoluir para dengue hemorrágica e, no limite, causar a morte.
LUSA/HN
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