Marcelo Rebelo de Sousa fez este anúncio durante a cerimónia de Inauguração do novo Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, referindo que não entregava hoje a condecoração por ser dia de luto nacional pelas vítimas dos incêndios dos últimos dias.
Invocando o mesmo motivo, o chefe de Estado não quis prestar declarações aos jornalistas nesta ocasião.
Na intervenção que fez perante “três mil pessoas que se juntaram aqui para admirarem, para agradecerem, para visitarem uma instituição”, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou as “décadas e décadas de contributo para Portugal” da Fundação Calouste Gulbenkian.
“Por isso mesmo, no momento em que é preciso assinalar a inauguração deste novo centro, entendo que é justo que acrescente às praticamente todas as condecorações que a Fundação Calouste Gulbenkian teve ao longo da sua vida mais uma, que é a Ordem de Cristo”, anunciou.
O chefe de Estado referiu que “a Ordem de Cristo está reservada para quem exerce funções públicas ou de muito relevante interesse público”, acrescentando: “É o que se passa aqui”.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a Gulbenkian exerceu o papel de Ministério da Cultura “durante décadas de regime político fechado”.
Em nome dos portugueses, o Presidente da República expressou gratidão a esta instituição e ao seu criador, Calouste Sarkis Gulbenkian, pelo que legou a Portugal e que hoje é “um tesouro de todo o mundo”.
No fim de semana, o espaço renovado do CAM, hoje inaugurado – um projeto do arquiteto Kengo Kuma, enquadrado pelo novo jardim desenhado pelo paisagista Vladimir Djurovic – estará em festa, de entrada livre, com concertos, conversas e exposições.
LUSA/HN
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