O segundo inquérito do Observatório Internacional de Microbiotas, que envolveu 11 países de três continentes, revela que apenas uma em cada cinco mulheres sabe exatamente o que é a “microbiota vaginal”. Apesar de um ligeiro aumento na notoriedade do termo em relação a 2023, 48% das inquiridas ainda desconhecem completamente o seu significado.
A microbiota vaginal, essencial para a saúde feminina, é composta por uma comunidade de microrganismos que, quando equilibrada, contém centenas de bactérias benéficas e um número reduzido de bactérias prejudiciais e fungos. Os lactobacilos, em particular, desempenham um papel crucial na manutenção de um ambiente vaginal saudável.
O estudo identificou cinco hábitos prejudiciais à microbiota vaginal que ainda persistem:
Automedicação com antibióticos: 69% das mulheres sabem que estes podem alterar a microbiota vaginal.
Tabagismo: 55% estão cientes do seu impacto na saúde vaginal.
Uso de roupa interior de fibra sintética: 86% optam por algodão.
Duches vaginais: 42% ainda os praticam, apesar de uma redução em relação a 2023.
Negligência da secura vaginal: 69% reconhecem as suas consequências para a microbiota.
O inquérito também revelou progressos na sensibilização por parte dos profissionais de saúde. Quase metade das mulheres foi informada sobre a importância de preservar a microbiota vaginal, um aumento de 8 pontos percentuais face a 2023.
A idade mostrou-se um fator determinante no conhecimento sobre o tema. Mulheres com 60 anos ou mais estão menos informadas, enquanto as entre 25-34 anos e mães jovens demonstram maior consciência e adoção de práticas benéficas.
O Observatório Internacional de Microbiotas realizou 7500 inquéritos em 11 países, incluindo Portugal, entre 26 de janeiro e 26 de fevereiro de 2024. A amostra é representativa da população de cada país com mais de 18 anos, considerando sexo, idade, profissão e região.
PR/HN/MMM
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