NOVA Medical School faz descoberta pioneira na proteção solar natural

23 de Outubro 2024

Equipa da NOVA Medical School identifica novo compartimento celular que preserva melanina nos queratinócitos, revolucionando conhecimento sobre proteção natural da pele contra radiação UV

Uma descoberta revolucionária no campo da dermatologia acaba de ser anunciada por investigadores da NOVA Medical School. A equipa identificou um novo compartimento celular, denominado “melanoquerassoma”, que desempenha um papel crucial na proteção da pele contra a radiação ultravioleta, representando um avanço significativo na compreensão dos mecanismos de defesa natural do organismo.

Esta descoberta, publicada no prestigiado Journal of Investigative Dermatology, revela como os queratinócitos, células fundamentais da pele, conseguem preservar e posicionar estrategicamente a melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele e proteção contra radiação solar nociva.

O melanoquerassoma funciona como um sistema de armazenamento altamente especializado dentro dos queratinócitos, garantindo que a melanina permaneça adequadamente posicionada sobre o núcleo celular. Este posicionamento é crucial para proteger o material genético das células contra possíveis danos causados pela radiação ultravioleta, funcionando efetivamente como um escudo natural.

A investigação, liderada pelo Professor Duarte Barral, não só esclarece os mecanismos fundamentais da pigmentação cutânea, como também abre novas perspetivas para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes contra várias condições dermatológicas. Entre as potenciais aplicações práticas desta descoberta está o desenvolvimento de novas estratégias para a prevenção do cancro de pele, incluindo o melanoma, bem como o tratamento de distúrbios de pigmentação como o lentigo solar e o melasma.

O processo de pigmentação da pele inicia-se nos melanócitos, células especializadas que produzem a melanina. Esta é posteriormente transferida para os queratinócitos, onde o recém-descoberto melanoquerassoma assume a função vital de preservação e posicionamento estratégico do pigmento. Este mecanismo permite que a proteção contra a radiação UV seja mantida durante toda a vida útil da célula.

Esta descoberta representa um marco significativo na dermatologia moderna, com implicações que se estendem desde a compreensão básica da biologia da pele até potenciais aplicações em saúde pública e dermatologia estética. A identificação deste novo organelo celular não só amplia o conhecimento científico sobre os mecanismos de proteção natural da pele, como também pode levar ao desenvolvimento de terapias mais eficazes para diversas condições dermatológicas.

PR/HN/MMM

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