A FNAM exige uma “negociação séria e competente” para abordar as suas preocupações.
Entre as principais reivindicações da FNAM está o retorno dos concursos de contratação de médicos ao modelo nacional, que atualmente se restringe apenas a Medicina Geral e Familiar e Saúde Pública no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A FNAM critica os concursos centralizados em unidades locais de saúde, que foram implementados este ano, e considera que essa mudança tem causado atrasos significativos na colocação de médicos hospitalares.
O Ministério da Saúde, apesar de reconhecer falhas no novo modelo, propôs a reversão apenas para algumas especialidades, mantendo o sistema que, segundo a FNAM, tem levado à saída de médicos para o setor privado e para o exterior.
A FNAM aponta que os médicos hospitalares continuarão a enfrentar longos períodos de espera para concursos, recebendo remunerações inferiores ao seu grau de especialização.
A federação também destacou que as desigualdades nos critérios de seleção entre candidatos hospitalares aumentam a insatisfação e a procura por alternativas fora do SNS. Além disso, o suplemento remuneratório proposto para médicos que atuam como Autoridade de Saúde abrange apenas cerca de 300 profissionais.
A FNAM reafirma a necessidade de uma negociação que garanta a sustentabilidade do SNS, visando assegurar uma saúde pública, acessível e de qualidade para toda a população.
Um novo encontro com o Ministério da Saúde está agendado para o dia 4 de novembro, às 16:00, para discutir as propostas em curso
LUSA/HN
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