Após várias tentativas frustradas de agendar reuniões, a última foi marcada para o dia 22 de outubro, mas foi desmarcada unilateralmente pela Ministra, sem justificativa e apenas 48 horas antes do encontro, o que gerou indignação no SMD.
Neste contexto, o sindicato destaca a necessidade urgente de criar uma carreira especial para Médicos Dentistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma medida que visa regularizar os vínculos contratuais precários e ilegais de muitos profissionais que atuam na área. O SMD sublinha ainda que, apesar das preocupações com a saúde oral da população portuguesa, o Governo tem ignorado as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e não apresenta uma estratégia clara para a saúde oral em Portugal.
Os dados apresentados pelo SMD são alarmantes: quase 68% da população sofre de edentulismo parcial, e 29% têm a falta de seis ou mais dentes naturais. Além disso, a maioria dos portugueses não visita regularmente um Médico Dentista, com 32% da população nunca tendo feito uma consulta.
A situação é ainda mais preocupante no SNS, onde muitos Médicos Dentistas trabalham em condições precárias e sem os recursos necessários para garantir a qualidade dos cuidados prestados.
A falta de ação do Ministério da Saúde face a estas questões levou o SMD a afirmar que a Ministra está a ignorar as condições laborais dos profissionais e a saúde oral da população. O sindicato apelou ao Primeiro-Ministro, Dr. Luís Montenegro, para que atenda a esta situação crítica e exija a demissão da Senhora Ministra da Saúde, enfatizando a necessidade de um diálogo construtivo e respeitoso para resolver os problemas que afetam a saúde oral em Portugal.
NR/HN
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