O Convento de São Francisco, em Coimbra, acolhe até 15 de novembro o maior evento nacional da área oncológica, reunindo cerca de 900 profissionais de saúde. O Congresso Nacional de Oncologia destaca este ano a crescente preocupação com a escassez de profissionais especializados para responder ao aumento de casos de cancro em Portugal.
O envelhecimento populacional e o aumento da esperança média de vida, atualmente nos 75 anos para homens e 82 para mulheres, têm contribuído para um incremento significativo dos casos oncológicos. Esta realidade exige um planeamento adequado de recursos humanos em várias especialidades, incluindo imagiologistas, patologistas, cirurgiões, radiooncologistas e oncologistas médicos.
O programa do congresso abrange diversos temas cruciais, desde mesas redondas sobre os tumores mais frequentes até sessões dedicadas a casos específicos, como tumores hereditários e oncologia em diferentes faixas etárias. Uma das sessões mais invulgares abordará a prática da Oncologia em cenários de guerra, contando com testemunhos de profissionais que atuam em Gaza, na Ucrânia e em África.
O evento inova ao incluir debates sobre o papel da arte em Oncologia e a utilização das redes sociais na comunicação entre pacientes e instituições de saúde. O congresso promove ainda a aproximação entre clínicos e investigadores laboratoriais através de reuniões conjuntas entre a Sociedade Portuguesa de Oncologia e outras entidades, como a ASPIC e a Sociedade de Imuno-Oncologia.
Esta reunião multidisciplinar apresenta-se como a mais completa da área oncológica em Portugal, proporcionando uma plataforma única para a discussão dos desafios atuais e futuros no tratamento do cancro, com especial ênfase na necessidade de reforçar os recursos humanos especializados no setor.
PR/HN/MMM
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