PSD/Santo Tirso diz que gestão do hospital pela Misericórdia trará mais emprego

15 de Dezembro 2024

A transferência da gestão do Hospital de Santo Tirso do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para a União das Misericórdias Portuguesas implicará um reforço de funcionários em vez de despedimentos, defendeu hoje o PSD local.

Em comunicado, a concelhia local social-democrata assinala que a decisão anunciada na quinta-feira pelo primeiro-ministro não significa que o hospital deixe de pertencer ao SNS e que o “quadro de funcionários vai manter-se e será até reforçado”.

“A unidade hospitalar não vai ser privatizada e os utentes não pagarão qualquer cêntimo a mais do que já costumam pagar quando se dirigem a qualquer unidade de saúde pública”, lê-se na nota de imprensa onde o partido assinala ainda que “a gestão passará a ser da responsabilidade da Misericórdia de Santo Tirso, que responderá diretamente à tutela (Ministério da Saúde) com base nos resultados alcançados”.

A Câmara de Santo Tirso revelou na sexta-feira ter solicitado uma reunião com caráter de urgência à Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para pedir explicações sobre o anunciado na véspera por Luís Montenegro, mostrando desagrado por ter sabido do acordo pela comunicação social.

O PSD local acusa a autarquia liderada pelo socialista Alberto Costa de não ter resolvido “os problemas verificados no hospital (por exemplo, a perda de valências e encerramentos regulares do serviço de urgência), ao longo da última década”.

No comunicado, o partido assinala as melhorias a introduzir no hospital: a criação de consulta de urologia e cirurgia vascular e a manutenção de todas as especialidades existentes, uma parceria com o IPO [Instituto Português de Oncologia] para a realização em ambiente de Hospital de Dia de tratamentos oncológicos dos utentes dos concelhos abrangidos e a criação de uma unidade de paliativos de alta complexidade para dar resposta aos doentes terminais.

A nova gestão, prossegue o comunicado, dará também resposta a listas de esperas cirúrgicas, diminuindo o tempo de espera, promoverá a realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica convencionados a todos os utentes do SNS, criando também condições para a realização de exames de neurofisiologia, urologia, cardiologia, imagiologia e ecografias, entre outros.

Passará a haver internamento de cirurgia e ortopedia, possibilitando desta forma uma maior rentabilização da cirurgia de ambulatório com a pernoita e da cirurgia convencional, além de que manterá uma estreita relação com o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] na manutenção da ambulância diferenciada e assegurará que os pedidos de primeira consulta vindos dos cuidados de saúde primário não ultrapassem os 30 dias de espera, andianta.

Entre as novas respostas figura ainda, segundo o PSD, o alargamento das capacidades de tratamento da área da oncologia, com a parceria referida, bem como na área da dor crónica, a manutenção da área da saúde mental como prioritária, o alargamento da consulta de pediatria, com a possibilidade de criação de um internamento que possa dar resposta às necessidades das crianças, com ênfase na diabetes infantil, alergologia e pneumologia e será mantida a resposta em medicina interna a nível de urgência e de internamento.

NR/HN/Lusa

 

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