Os investigadores detetaram o envolvimento de uma empresa de tecnologia médica em atividades ilegais de gestação de substituição, entre outras irregularidades, na sequência de uma queixa apresentada por um utilizador nas redes sociais, informou o jornal estatal Global Times.
O cidadão denunciou a existência de uma agência de gestação de substituição na cidade de Hefei que, alegadamente, colaborava ilegalmente com pessoal médico e funcionários locais para efetuar recuperações clandestinas de óvulos e falsificar certidões de nascimento.
Na sequência da denúncia, foi formada uma equipa de investigação composta pelos departamentos de segurança pública, saúde, inspeção disciplinar, supervisão e regulação do mercado, para dar início às investigações.
As autoridades estão também a investigar possíveis violações disciplinares ou atividades ilegais por parte dos funcionários, acrescentou o jornal.
A gestação de substituição é proibida na China, tal como o acesso de mulheres solteiras a tecnologias de reprodução assistida, como o congelamento de óvulos, devido aos “riscos para a saúde”, à “falta de provas que apoiem a prática da tecnologia de congelamento de óvulos para adiar a fertilidade” e ao potencial “abuso da tecnologia para fins lucrativos”, tinha afirmado, em 2020, a Comissão Nacional de Saúde do país.
No ano passado, as autoridades de saúde lançaram uma campanha para combater a aplicação ilegal de técnicas de reprodução assistida e “atividades criminosas” relacionadas com barrigas de aluguer na China.
Em 2023, a China registou 1.409 milhões de habitantes, menos 0,14% do que em 2022, ano em que a população já tinha diminuído em 850.000, marcando o primeiro declínio desde 1961, quando a política industrial falhada do Grande Salto em Frente resultou em fome em grande escala.
NR/HN/Lusa
0 Comments