O novo posicionamento destaca a necessidade de acelerar a avaliação, a aprovação e a aquisição de Medicamentos Órfãos (MO) no país, promovendo o acesso universal e uma gestão mais eficiente destes tratamentos inovadores. O mesmo documento sublinha ainda a importância de reforçar a investigação clínica em Portugal, com o apoio do Governo, transformando o país num centro de referência para ensaios clínicos, especialmente nas doenças raras, que se estima que afetem cerca de 600 mil pessoas em Portugal.
“Acreditamos que a implementação destas medidas contribuirá para melhorar a qualidade de vida dos doentes, mas também para posicionar Portugal como líder no desenvolvimento científico e clínico na área das doenças raras”, destacou Joaquim Marques, Coordenador do Grupo de Trabalho das Doenças Raras da P-BIO.
Principais recomendações:
- Acelerar a aprovação de medicamentos: reduzir os prazos administrativos e utilizar ferramentas de monitorização para garantir a equidade no acesso aos MO.
- Centralizar a negociação e financiamento dos MO: uniformizar os processos de aquisição para eliminar disparidades regionais e assegurar maior equidade.
- Reforçar condições para a realização de mais Ensaios Clínicos: fomentar ensaios clínicos como estratégia para promover o desenvolvimento científico e económico do país.
- Aumentar a literacia em saúde: criar um repositório de informação sobre Doenças Raras e MO, promovendo uma sociedade mais informada e inclusiva.
O documento também reforça o papel das redes de referência europeias e a criação de centros nacionais especializados para a recolha de dados e partilha de conhecimento, crucial para o tratamento e acompanhamento destes doentes.
Mais uma vez, com este documento de posição, a P-BIO procura reafirmar o compromisso na promoção de políticas de saúde que respondam às necessidades específicas das pessoas com doenças raras, uma área frequentemente negligenciada, mas de extrema importância para a saúde pública.
Veja aqui o documento completo.
NR/PR/HN
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