O Sindicato dos Enfermeiros (SE) tem recebido diversas queixas de enfermeiros que trabalham em unidades de saúde privadas, levando a intervenções junto das administrações hospitalares. As principais reclamações referem-se ao pagamento de horas extraordinárias, imposição de trabalho suplementar e falta de gozo de dias de descanso compensatórios.
No Hospital Escola Fundação Fernando Pessoa (HEFFP), foram denunciadas escalas desreguladas, horas extra e feriados não pagos, além da ausência de dias de descanso compensatórios. O SE solicitou uma reunião urgente com o Conselho de Administração, mas antes disso, os Recursos Humanos convocaram os enfermeiros afetados, alegando desconhecimento e comprometendo-se a resolver a situação.
O sindicato continua a monitorizar a resolução destes problemas no HEFFP e exige a aplicação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) assinado em julho de 2024 com a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada. Pedro Costa, presidente do SE (na imagem), considera inaceitável que o ACT ainda não seja aplicado na instituição, cinco meses após sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego.
No Hospital da Luz, em Guimarães, a intervenção do SE também foi crucial para que a Administração adotasse medidas corretivas. Após o sindicato confrontar os responsáveis com as queixas recebidas, a Administração comprometeu-se a propor um aumento de 130 euros no salário mensal dos enfermeiros e um reforço dos prémios semestrais.
Pedro Costa enfatiza que “só com enfermeiros motivados teremos um sistema de saúde mais robusto e preparado para dar resposta aos portugueses”. O SE continuará a acompanhar estes e outros casos denunciados, alertando que apenas com medidas urgentes será possível reverter a situação, garantir a qualidade do atendimento, a satisfação dos enfermeiros e sua permanência nestas unidades de saúde.
PR/HN/MM
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