Alterações climáticas podem causar até 14,5 milhões de mortes até 2050

20 de Dezembro 2024

As mudanças climáticas estão prestes a provocar uma pressão sem precedentes sobre os sistemas de saúde em todo o mundo, com a previsão de até 14,5 milhões de mortes até 2050. Esta é uma das conclusões alarmantes do novo relatório da Oliver Wyman, em colaboração com o Fórum Económico Mundial, intitulado “Quantifying the Impact of […]

As mudanças climáticas estão prestes a provocar uma pressão sem precedentes sobre os sistemas de saúde em todo o mundo, com a previsão de até 14,5 milhões de mortes até 2050. Esta é uma das conclusões alarmantes do novo relatório da Oliver Wyman, em colaboração com o Fórum Económico Mundial, intitulado “Quantifying the Impact of Climate Change on Human Health”.

O relatório destaca que as inundações representam o maior risco de mortalidade, com uma estimativa de 8,5 milhões de mortes até 2050, seguidas pelas secas (3,2 milhões) e ondas de calor (1,6 milhões). Estes eventos extremos, resultado do aumento das temperaturas globais, estão a ter impactos devastadores na saúde pública.

Além das vidas perdidas, as mudanças climáticas representam custos econômicos significativos. Estima-se que os sistemas de saúde terão despesas que ultrapassarão mil milhões de euros até 2050, devido ao tratamento de doenças relacionadas com o clima.

O aumento das emissões de gases de efeito estufa desde a década de 1970 tem exacerbado a frequência e intensidade de fenómenos climáticos extremos. O estudo aponta que os níveis de CO2 aumentaram 50% desde a era pré-industrial, alimentados por atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e o uso insustentável do solo.

Para mitigar essas consequências devastadoras, o relatório sugere a implementação de políticas proativas e uma colaboração estreita entre os setores público e privado. Incentivos econômicos, regulamentação e sensibilização são estratégias essenciais para promover a inovação e a adaptação às mudanças climáticas. O fortalecimento das infraestruturas de saúde é vital para lidar com os desafios atuais e futuros.

O estudo prevê que regiões de alto risco, como o Sudeste Asiático, enfrentarão as maiores taxas de mortalidade devido a eventos climáticos extremos. A Ásia, por exemplo, poderá sofrer perdas econômicas de cerca de 3,2 biliões de euros, com a Europa e a América do Sul também enfrentando impactos econômicos significativos.

A África, com recursos limitados e infraestruturas inadequadas, encontra-se em uma posição particularmente vulnerável. A sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas será um desafio monumental, destacando a necessidade urgente de apoio internacional.

A colaboração com fornecedores de cuidados de saúde e empresas farmacêuticas é crucial para garantir o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas. Acesso ampliado à tecnologia e intervenções precoces são vitais para tratar doenças relacionadas ao clima, especialmente em países em desenvolvimento.

Em resumo, o relatório da Oliver Wyman e do Fórum Económico Mundial ressalta a urgência de ações coordenadas e investimentos substanciais para enfrentar os impactos das mudanças climáticas na saúde global. Políticas proativas não só melhorarão a saúde pública, como também poderão ter um impacto positivo significativo na economia global.

 

 

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