“Há muita falta de médicos, de consultas, e de administrativos no nosso Centro de Saúde, pelo que temos de nos fazer ouvir para que a tutela resolva este problema. O mal é geral, mas na nossa terra é mais premente”, disse à agência Lusa Graça Pissarra, da Comissão de Utentes.
Atualmente, o Centro de Saúde de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, tem “três médicos fixos, o que é muito pouco para os cerca de 8.300 habitantes do concelho”, sustentou a porta-voz do movimento.
Graça Pissarra salientou que o município tem “uma área muito grande e uma população envelhecida, com dificuldades de mobilidade e falta de transportes” para a sede do concelho.
“Há dez anos tínhamos onze médicos, atualmente são três e, destes, dois estão a caminhar para a idade da reforma. Se voltássemos a ter aqueles números do passado já era bom”, acrescentou a responsável, para quem compete ao Ministério da Saúde “reorganizar os serviços de forma a servir melhor as populações”.
“A situação tem vindo a deteriorar-se muito no nosso concelho. Há extensões nas aldeias que estão a funcionar de forma muito condicionada, precária até, pela falta de clínicos”, garantiu.
Para a concentração, Graça Pissarra conta com a mobilização da população e recordou que, em 2013, foram os idanhenses que evitaram a redução da atividade do centro de saúde local.
“Nessa altura tentaram que o nosso Centro de Saúde fechasse às 20:00, mas conseguimos inverter a decisão com o apoio das pessoas, que volta a ser fundamental para termos mais médicos”, sustentou.
Nesse sentido, a responsável da Comissão de Utentes foi hoje à Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova apelar aos presidentes de Junta que “passem a palavra, mobilizem as pessoas e disponibilizem transporte para que possam participar na concentração de amanhã [sábado]”.
LUSA/HN
0 Comments