Procriação medicamente assistida em Portugal: 40 anos de evolução e desafios

23 de Dezembro 2024

PMA completa 40 anos em Portugal com avanços significativos. Especialistas destacam importância da educação sobre fertilidade e potencial da IA para tratamentos personalizados.

A procriação medicamente assistida (PMA) em Portugal completou 40 anos de história, marcados por desafios e conquistas significativas. O primeiro ciclo terapêutico de fertilização in vitro (FIV) no país foi realizado em julho de 1985 no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, pela equipa do Prof. Doutor Pereira Coelho. A primeira criança portuguesa concebida por FIV nasceu em fevereiro de 19861.

Desde então, a área tem evoluído constantemente, oferecendo esperança a casais com dificuldades de fertilidade. Especialistas como Isabel Torgal, pioneira na FIV em Portugal, recordam os primórdios da técnica, quando havia escassez de recursos e era necessário improvisar equipamentos.

Atualmente, a PMA enfrenta novos desafios e oportunidades. Especialistas defendem a necessidade de maior literacia sobre fertilidade, especialmente entre jovens. A educação sexual nas escolas deve abordar fatores que afetam a fertilidade, como álcool, drogas, tabaco e obesidade.

A inteligência artificial (IA) surge como uma promessa para o futuro da PMA, permitindo tratamentos mais personalizados e eficazes. A IA poderá auxiliar na determinação de protocolos e doses exatas, bem como na seleção de embriões com maior potencial de sucesso.

A regulamentação da PMA em Portugal é considerada avançada, mas especialistas alertam para a necessidade de acompanhar o rápido progresso científico com discussões éticas e legais adequadas.

A criopreservação de óvulos emerge como uma opção para mulheres que desejam adiar a maternidade, embora os especialistas ressaltem que não deve ser vista como solução definitiva para gravidez tardia.

Por fim, destaca-se a importância do apoio psicológico durante os tratamentos de fertilidade, reconhecendo o impacto emocional significativo que estes processos têm nos pacientes.

PR/HN/NB

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