A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, uma instituição privada, tem desde 2008 uma Faculdade de Ciências da Saúde, oficialmente rebatizada como Faculdade de Medicina em 2019.
Numa entrevista ao canal em língua portuguesa da televisão pública TDM, transmitida hoje, Martins disse que Medicina será uma das quatro novas faculdades a nascer no novo campus da UM em Hengqin.
“Teremos uma Faculdade de Ciências da Informação, uma Faculdade de Engenharia, com novos tipos de engenharia, e também uma Faculdade de Design e que deverá incluir arquitetura”, referiu o académico português.
“A ideia nesse campus é termos ‘dual degrees’ [cursos em co-tutela] com universidades estrangeiras. A medicina (1:25) já está com Lisboa e agora estamos a definir para as outras faculdades”, acrescentou Martins.
O novo campus em Hengqin, cuja primeira pedra foi lançada em 09 de dezembro, deverá ser inaugurado em 2028 e permitir à UM passar dos atuais 15 mil para um máximo de 25 mil alunos, sublinhou o vice-reitor para Assuntos Globais.
Macau inaugurou em setembro o Hospital Macau Union, o terceiro e o maior complexo de cuidados de saúde da região semiautónoma chinesa, com uma área de cerca de 430 mil metros quadrados.
O Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital já prestava tratamentos de 24 especialidades, tendo começado a funcionar a título experimental em 20 de dezembro de 2023.
O hospital, com tecnologia e equipa de gestão do Peking Union Medical College Hospital, de Pequim, situa-se no Cotai, onde está localizada grande parte dos casinos em Macau, e abriu com 852 camas, 26 salas de cirurgia e um laboratório central.
No início de agosto, a então secretária para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Elsie Ao Ieong U, disse esperar que o processo de recrutamento de pessoal médico termine “ainda este ano”.
Em abril, o líder do Governo cessante Ho Iat Seng disse que os hospitais da região tinham 24 médicos provenientes de Portugal.
Elsie Ao esteve em maio de 2023 em Portugal para tentar recrutar médicos portugueses.
Em dezembro de 2023, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) disseram à Lusa que iriam propor a contratação de dois dos 12 médicos portugueses que se candidataram.
Os SSM admitiram que alguns tinham desistido do processo porque, como tinham estatuto de residente em Macau, seriam obrigados a realizar internato e exames.
NR/HN/Lusa
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