“O primeiro caso foi notificado a 06 de fevereiro de 2025 no Hospital Gudele, a partir de um cidadão ugandês residente no campo de Kupuri, em Juba. O caso confirmado encontra-se em isolamento e está a ser tratado no Hospital Gudele”, anunciou o ministro da Saúde do Sudão do Sul em exercício, James Hoth Mai.
A representação da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Sudão do Sul indicou, em comunicado, que as autoridades mobilizaram uma equipa de peritos para trabalhar com a agência da ONU e outros parceiros para realizar “uma investigação detalhada no terreno” e enumerar todos os contactos do paciente confirmado como estando infetado com o vírus monkeypox (mpox).
O representante da OMS no Sudão do Sul, Humphrey Karamagi, recordou que a declaração do surto de varíola permite aos cidadãos tomar as medidas necessárias para o conter e às autoridades libertar os recursos necessários para o combater.
O Sudão do Sul torna-se assim o 22.º país afetado pela varíola em África, segundo Karamagi.
Após a declaração do surto, as autoridades vão vigiar cinco pontos principais de entrada no país para detetar casos suspeitos de varíola provenientes de “países vizinhos de alto risco, como a República Democrática do Congo (RDCongo), o Uganda e o Quénia”, segundo a OMS.
O vírus da varíola é encontrado principalmente na África central e ocidental, onde é transmitido de animais para seres humanos.
A doença caracteriza-se por febre, gânglios linfáticos inchados e uma erupção cutânea característica.
É geralmente ligeira, mas pode ser fatal, e as crianças, as mulheres grávidas e as pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos correm um risco acrescido de complicações.
A transmissão de pessoa para pessoa pode ocorrer através do contacto direto com fluidos corporais, gotículas respiratórias ou materiais contaminados, como a roupa de cama.
LUSA/HN
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