Magda Moita, enfermeira da Clínica Pilares da Saúde

Já ouviu falar da importância do nosso intestino?

02/12/2025

O intestino intitulado como o nosso segundo cérebro é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, não só pela sua dimensão, sendo o nosso segundo maior órgão, como também pela existência no seu interior, de milhões de neurónios, o que lhe permite ser responsável de forma independente pela produção em cerca de 90% da serotonina (a molécula da felicidade) e por 80% do nosso sistema imunitário.

A maioria dos países apresenta um baixo índice de natalidade em detrimento dum envelhecimento populacional, sendo a faixa etária acima de 65 anos a com maior expressão nos próximos 10-20 anos. As pessoas vivem até mais tarde, mas por norma com inúmeros problemas de saúde, em grande parte devido a um declínio da função imunológica, que se caracteriza por um aumento consequente do risco de infeção e do surgimento de alguns tipos de cancro.

A microbiota, mais conhecida como os nossos micróbios intestinais residentes, é essencial para manter a eficácia do sistema imunitário, bem como para a manutenção de um bom estado de saúde geral. O envelhecimento e a dieta são os principais fatores que influenciam esta microbiota. Desta forma, torna-se imperial orientar e educar as camadas mais jovens para hábitos alimentares saudáveis, de forma a terem esses hábitos enraizados para a fase da velhice, mas também na população idosa numa tentativa de alteração desses mesmos hábitos.

Em concomitância a uma alimentação saudável e no evoluir de algumas terapias já muito antigas como por exemplo o enema de limpeza, mais comumente conhecido como clister de limpeza, surgiu a hidroterapia do colon, já praticada há mais de 40 anos.

A hidroterapia do cólon ou hidrocólon consiste numa irrigação profunda do intestino grosso com água filtrada e ozonizada, através da introdução, no reto, de uma cânula de dupla via que permite, num circuito fechado, a entrada de água por uma via e a saída de conteúdo fecal por outra.  Todo o processo é efetuado por um profissional de saúde que através dum aparelho, controla a temperatura, a pressão e a quantidade de água que entra no intestino.

A terapia pode ser feita a partir dos 12 anos de idade, após avaliação do profissional de saúde, é indolor, inodora e tem como principais objetivos:

– Recuperar e fortalecer a musculatura intestinal, estimulando desta forma os movimentos peristálticos e consequentemente uma regularização do padrão intestinal.

– Desintoxicar o organismo.

–  Regenerar as células da parede intestinal, equilibrar a flora e otimizar a absorção dos nutrientes.

 

– Eliminar toxinas e células mortas que se encontram aderentes às paredes do intestino, que podem promover o aparecimento de pólipos, pólipos esses que podem degenerar em cancro.

Posto isto, torna-se cada vez mais importante cuidarmos da nossa saúde intestinal. Estamos desta forma, sem dúvida, a contribuir para uma vida mais saudável e assim, mais feliz.

 

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Confiança: o pilar da gestão de crises na Noruega

A confiança foi essencial na gestão da pandemia pela Noruega, segundo o professor Øyvind Ihlen. Estratégias como transparência, comunicação bidirecional e apelo à responsabilidade coletiva podem ser aplicadas em crises futuras, mas enfrentam desafios como polarização política e ceticismo.

Cortes de Ajuda Externa Aumentam Risco de Surto de Mpox em África

O corte drástico na ajuda externa ameaça provocar um surto massivo de mpox em África e além-fronteiras. Com sistemas de testagem fragilizados, menos de 25% dos casos suspeitos são confirmados, expondo milhões ao risco enquanto especialistas alertam para a necessidade urgente de políticas nacionais robustas.

Audição e Visão Saudáveis: Chave para o Envelhecimento Cognitivo

Um estudo da Universidade de Örebro revela que boa audição e visão podem melhorar as funções cognitivas em idosos, promovendo independência e qualidade de vida. Intervenções como aparelhos auditivos e cirurgias oculares podem retardar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento.

Défice de Vitamina K Ligado a Declínio Cognitivo

Um estudo da Universidade Tufts revela que a deficiência de vitamina K pode intensificar a inflamação cerebral e reduzir a neurogénese no hipocampo, contribuindo para o declínio cognitivo com o envelhecimento. A investigação reforça a importância de uma dieta rica em vegetais verdes.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights