Falta de Informação sobre a Zona Coloca População Acima dos 50 em Risco

24 de Fevereiro 2025

Inquérito revela desconhecimento sobre a Zona em Portugal, doença que afeta principalmente pessoas acima dos 50 anos. Campanha de sensibilização visa alertar para riscos e importância da prevenção

Entre 24 de fevereiro e 2 de março de 2025, realiza-se a Semana de Sensibilização para a Zona em Portugal, com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre esta doença que afeta principalmente a população com mais de 50 anos e pessoas com doenças crónicas. A campanha, intitulada “Uma dor que marca: vozes de quem sentiu a Zona”, é lançada pela GSK com o apoio da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).

A Zona é uma doença causada pela reativação do vírus varicela-zoster, responsável pela varicela, que permanece adormecido no corpo após a manifestação inicial da doença. Com o envelhecimento natural do sistema imunitário, especialmente a partir dos 50 anos, este vírus pode despertar, causando a Zona.

Um inquérito internacional, realizado em nove países, incluindo Portugal, revelou que mais de metade das pessoas desconhece esta doença. Em Portugal, 63% dos inquiridos saudáveis e 60% das pessoas com comorbilidades afirmam não ter grande conhecimento sobre o tema.

Apesar de 50% dos portugueses se sentirem mais jovens do que a sua idade, 40% não se consideram em risco de desenvolver Zona. No entanto, esta é uma doença que pode afetar uma em cada três pessoas e leva ao internamento de uma pessoa a cada dois dias em Portugal.

O risco de desenvolver Zona é aumentado por diversos fatores:

  • Envelhecimento natural do sistema imunitário
  • Doenças crónicas como diabetes, doenças cardiovasculares, DPOC, doença renal crónica, depressão, doenças oncológicas ou autoimunes
  • Trauma físico
  • Stress psicológico agudo
  • Exposição solar excessiva
  • Hábitos de vida pouco saudáveis (tabagismo, alimentação desequilibrada, sedentarismo e sono insuficiente)

Sofia Duque, da SPMI, alerta que a Zona pode afetar portugueses que se consideram saudáveis, levando a um decréscimo acentuado da sua autonomia e alegria de viver.

Nuno Jacinto, Presidente da APMGF, destaca que a Zona tem consequências não só para a saúde dos indivíduos, mas também para a sustentabilidade do SNS, sendo causa de múltiplos episódios de atendimento em contexto agudo, tanto nos hospitais como nos cuidados de saúde primários.

O inquérito internacional, financiado pela GSK e realizado pela Ipsos, envolveu 8.400 adultos entre os 50 e os 60 anos de nove países. Em Portugal, mais de 50% dos inquiridos relatam estar sob stress, com 51% a descreverem as suas vidas como solitárias, stressadas e pouco saudáveis.

A campanha visa alertar para a importância da prevenção da Zona, que pode ser feita através de:

  • Vacinação
  • Exercício físico
  • Gestão do stress
  • Adoção de hábitos de vida saudáveis

A Semana de Sensibilização para a Zona pretende, assim, aumentar o conhecimento sobre esta doença muitas vezes desvalorizada, mas com um impacto significativo na vida de muitos portugueses.

PR/HN/MM

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