Pacientes preferem neuromodulação não invasiva a medicamentos para tratamento de doenças mentais

2 de Março 2025

Estudo da Universidade de Nottingham revela que pacientes com distúrbios neurológicos e mentais preferem intervenções de neuromodulação não invasivas em vez de medicamentos.

Um novo estudo liderado por especialistas da Universidade de Nottingham revelou que pacientes que necessitam de tratamento para distúrbios neurológicos e de saúde mental preferem intervenções de neuromodulação não invasivas em comparação com as intervenções atuais, como medicamentos.

A neuromodulação é a alteração da atividade nervosa no cérebro através da aplicação de diferentes estímulos, como estimulação elétrica ou agentes químicos. Atualmente, os investigadores estão a desenvolver novas intervenções cerebrais utilizando neuromodulação para tratar distúrbios neurológicos e de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade, esquizofrenia, doença de Parkinson e doença de Alzheimer.

O estudo, publicado na revista Scientific Reports, analisou a perceção pública da neuromodulação através de um inquérito online com quase 800 participantes. Os resultados mostraram que:

As novas intervenções de neuromodulação foram vistas positivamente, muitas vezes classificadas acima das intervenções atuais.

A estimulação por ultrassom foi a opção mais bem avaliada, considerada a mais segura e eficaz.

Os medicamentos foram vistos como uma opção intermediária, principalmente devido a preocupações com segurança, eficácia e efeitos colaterais.

O Dr. Marcus Kaiser, da Escola de Medicina da Universidade de Nottingham, destacou que fornecer informações precisas aos pacientes melhorou significativamente a perceção positiva da neuromodulação. Isso enfatiza a importância da educação e conscientização na compreensão de novas intervenções médicas, promovendo a tomada de decisões informadas e aumentando a adesão ao tratamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, globalmente, 322 milhões de pessoas vivem com depressão e 264 milhões com ansiedade, com números crescentes. O desenvolvimento de novos tratamentos bem-sucedidos é, portanto, imperativo para beneficiar os pacientes, suas famílias e a sociedade em geral.

O estudo revelou que: Antes de receberem informações, 81% dos participantes expressaram interesse na neuromodulação e 48% confusão. Após lerem as informações fornecidas, houve um aumento significativo, com 70% dos participantes expressando otimismo e 62% entusiasmo. Embora a confusão tenha diminuído, algumas preocupações permaneceram.

O estudo fornece informações valiosas sobre as prioridades e preferências dos pacientes em relação aos tratamentos atuais e futuros, revelando uma clara preferência por neuromodulação não invasiva. Os investigadores sugerem que há uma oportunidade para que governos e indústria priorizem o desenvolvimento e aprovação de tratamentos de estimulação cerebral não invasivos e seguros.

Pode aceder ao estudo completo Aqui

NR/HN/AlphaGalileo

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