Um novo estudo liderado por especialistas da Universidade de Nottingham revelou que pacientes que necessitam de tratamento para distúrbios neurológicos e de saúde mental preferem intervenções de neuromodulação não invasivas em comparação com as intervenções atuais, como medicamentos.
A neuromodulação é a alteração da atividade nervosa no cérebro através da aplicação de diferentes estímulos, como estimulação elétrica ou agentes químicos. Atualmente, os investigadores estão a desenvolver novas intervenções cerebrais utilizando neuromodulação para tratar distúrbios neurológicos e de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade, esquizofrenia, doença de Parkinson e doença de Alzheimer.
O estudo, publicado na revista Scientific Reports, analisou a perceção pública da neuromodulação através de um inquérito online com quase 800 participantes. Os resultados mostraram que:
As novas intervenções de neuromodulação foram vistas positivamente, muitas vezes classificadas acima das intervenções atuais.
A estimulação por ultrassom foi a opção mais bem avaliada, considerada a mais segura e eficaz.
Os medicamentos foram vistos como uma opção intermediária, principalmente devido a preocupações com segurança, eficácia e efeitos colaterais.
O Dr. Marcus Kaiser, da Escola de Medicina da Universidade de Nottingham, destacou que fornecer informações precisas aos pacientes melhorou significativamente a perceção positiva da neuromodulação. Isso enfatiza a importância da educação e conscientização na compreensão de novas intervenções médicas, promovendo a tomada de decisões informadas e aumentando a adesão ao tratamento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, globalmente, 322 milhões de pessoas vivem com depressão e 264 milhões com ansiedade, com números crescentes. O desenvolvimento de novos tratamentos bem-sucedidos é, portanto, imperativo para beneficiar os pacientes, suas famílias e a sociedade em geral.
O estudo revelou que: Antes de receberem informações, 81% dos participantes expressaram interesse na neuromodulação e 48% confusão. Após lerem as informações fornecidas, houve um aumento significativo, com 70% dos participantes expressando otimismo e 62% entusiasmo. Embora a confusão tenha diminuído, algumas preocupações permaneceram.
O estudo fornece informações valiosas sobre as prioridades e preferências dos pacientes em relação aos tratamentos atuais e futuros, revelando uma clara preferência por neuromodulação não invasiva. Os investigadores sugerem que há uma oportunidade para que governos e indústria priorizem o desenvolvimento e aprovação de tratamentos de estimulação cerebral não invasivos e seguros.
Pode aceder ao estudo completo Aqui
NR/HN/AlphaGalileo
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