No comunicado, a FNAM denuncia a promulgação de diplomas que impedirão os médicos de recuperar até 2027 os 20% de poder de compra perdidos na última década. A alteração das tabelas remuneratórias, que aguarda publicação, ocorreu após a recusa da Ministra em dialogar com a FNAM durante o ano de 2024. A associação afirma que, à “25ª hora” de um governo demissionário, o Ministério da Saúde encenou uma negociação irregular, convocando a FNAM para uma reunião negocial sem respeitar os procedimentos legais.
Além disso, a FNAM alerta que a gestão de Ana Paula Martins levará a um SNS em crise, com serviços de urgência encerrados, 1,6 milhões de utentes sem médico de família e listas de espera cirúrgicas a aumentar. A transferência de serviços médicos para farmácias e a nomeação de conselhos de administração sem experiência em saúde foram apontadas como parte de uma política de abandono dos centros de saúde.
A FNAM reafirma a sua posição de defesa de salários justos e condições de trabalho dignas, comprometendo-se a não alinhar com ministros que prejudicam a fixação de médicos no SNS. O comunicado conclui que os médicos e utentes assistiram à pior gestão da saúde pública nos últimos 50 anos de democracia, destacando a necessidade urgente de uma mudança de rumo na política de saúde em Portugal.
A Comissão Executiva da FNAM, reafirma a sua determinação em continuar a luta por uma saúde pública de qualidade e valorização da carreira médica
NR/HN/AL
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