Durante o congresso ACC.25, foi divulgado um estudo que questiona a eficácia de terapias intensivas para mulheres com sintomas de isquemia cardíaca, mas sem obstruções nas artérias coronárias. O ensaio clínico WARRIOR, realizado com 2.476 participantes nos Estados Unidos, comparou uma abordagem intensiva com estatinas, inibidores da ECA ou bloqueadores dos receptores de angiotensina (ARB) e aspirina em baixas doses, contra o cuidado usual decidido pelos médicos. Após cinco anos de acompanhamento, não houve diferença significativa entre os grupos na ocorrência de morte, enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou internações relacionadas ao coração.
Apesar de metade das pacientes do grupo controle terem recebido medicamentos similares aos do grupo de terapia intensiva, o estudo destacou a complexidade do diagnóstico e tratamento da isquemia sem obstrução arterial. Além disso, fatores como a pandemia da COVID-19 impactaram negativamente o recrutamento e execução do estudo.
Embora não seja considerado definitivo, os investigadores esperam que análises secundárias e estudos complementares tragam novas informações sobre a fisiopatologia e possíveis abordagens terapêuticas para esta condição que afeta milhões de mulheres anualmente.
NR/HN/Alphagalileo
0 Comments