O fármaco em teste utiliza uma tecnologia avançada denominada “brain shuttle”, que permite ao medicamento ultrapassar a barreira hematoencefálica. Esta inovação tem como objetivo melhorar significativamente a eficácia terapêutica no sistema nervoso central, um avanço promissor no combate à Esclerose Múltipla, uma doença autoimune e degenerativa que afeta mais de 8.000 pessoas em Portugal.
O primeiro participante no estudo foi internado na última terça-feira no Hospital São Sebastião, onde recebeu o medicamento experimental sob vigilância clínica rigorosa. Após o período de observação, teve alta sem qualquer complicação registada.
Este projeto é fruto da colaboração entre diversas áreas da ULSEDV, incluindo o Centro de Estudos Clínicos, o Serviço de Neurologia, o Hospital de Dia e o Serviço de Medicina Intensiva. A iniciativa reforça o compromisso da unidade com a inovação científica e os cuidados avançados aos doentes.
A Esclerose Múltipla é uma condição que afeta principalmente jovens adultos entre os 20 e os 40 anos, sendo mais prevalente nas mulheres. Caracteriza-se pela degradação da mielina, essencial para a transmissão rápida de impulsos nervosos. Globalmente, estima-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas convivam com esta doença.
PR/HN/MM
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