Um estudo conduzido pela Universidade de Gotemburgo trouxe à tona dados preocupantes sobre a prevalência de distúrbios do espectro alcoólico fetal (FASD) entre crianças suecas. Dos 206 alunos do 4.º ano examinados em seis escolas da região oeste da Suécia, 19 cumpriram os critérios para diagnóstico de FASD, o que representa uma prevalência de 5,5%. Entre os casos identificados, 2,4% apresentavam a forma mais severa, a síndrome alcoólica fetal (FAS).
A investigação foi integrada aos exames de saúde regulares das escolas e incluiu avaliações físicas, análise de registos médicos e testes psicológicos para medir memória, atenção e capacidade de resolução de problemas. Professores e pais descreveram o comportamento e desempenho escolar das crianças, enquanto as mães foram entrevistadas sobre hábitos alimentares e consumo de álcool durante a gravidez.
Os resultados sugerem que os distúrbios relacionados ao álcool na gestação podem ser subdiagnosticados no sistema de saúde sueco. Atualmente, apenas cerca de 60 crianças recebem anualmente um diagnóstico oficial dessa condição no país. Segundo os investigadores, uma possível explicação para o subdiagnóstico é a falta de conhecimento dos médicos sobre a prevalência real desses transtornos ou a crença de que são raros.
O impacto do FASD é significativo e inclui dificuldades cognitivas e motoras, problemas comportamentais e características físicas específicas. Embora o estudo seja limitado em escala, os investigadores defendem a necessidade urgente de pesquisas nacionais mais amplas para compreender melhor o problema e promover estratégias preventivas eficazes.
NR/HN/Alphagalileo
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