SPEPH acompanha com inquetação conclusões da IGAS sobre formação do INEM

11 de Abril 2025

A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH) disse acompanhar com “elevada inquietação” as informações hoje divulgadas num relatório da inspeção-geral da saúde sobre a formação do INEM, aguardando a intervenção da comissão técnica independente.

A SPEPH lembra que a intervenção da comissão técnica independente, criada pelo Governo para avaliar o funcionamento do INEM, “deverá também incidir o seu trabalho no que diz respeito à Formação/Educação dos Serviços Médicos de Emergência”.

“Estamos totalmente ao dispor, enquanto Sociedade Científica, para colaborar na apresentação de soluções, devidamente suportadas na ciência e evidência – que visem melhorar os cuidados médicos de emergência em Portugal”, refere.

Um relatório da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a que a Lusa teve acesso sugere a abertura de um inquérito para investigar os pagamentos adicionais aos formadores internos do Instituto Nacional de Emergência Médicas (INEM), para perceber se podem implicar responsabilidade disciplinar e financeira, e faz várias criticas à formação para Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH).

No documento, de quase 500 páginas, a IGAS faz 48 recomendações ao INEM, entre elas que todos os TEPH que entraram no instituto até final de 2023 concluam a formação específica este ano, lembrando que 70% têm formação incompleta.

O relatório é referente à auditoria que analisou a legalidade e eficiência de gestão do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

A IGAS lembra que, em setembro de 2024, 70% dos profissionais da carreira TEPH não tinham concluído a formação específica aprovada e homologada pela tutela.

Desta formação, refere, “depende a garantia da aquisição das competências específicas necessárias ao bom desempenho de todas as funções compreendidas no conteúdo funcional da carreira, em particular na prestação dos atos assistenciais”.

A IGAS diz ainda que a formação base não tem sido assegurada em tempo integral e durante o período experimental, concluindo que há trabalhadores que ingressam na carreira sem reunir os requisitos legais.

A formação dos TEPH tem merecido várias críticas, entre elas dos formandos que atualmente estão a frequentar o curso do INEM e que apontam irregularidades como discrepâncias nos métodos avaliativos, admitindo impugnar o curso.

lusa/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Ronaldo Sousa: “a metáfora da invasão biológica é uma arma contra os migrantes”

Em entrevista exclusiva ao Health News, o Professor Ronaldo Sousa, especialista em invasões biológicas da Universidade do Minho, alerta para os riscos de comparar migrações humanas com invasões biológicas. Ele destaca como essa retórica pode reforçar narrativas xenófobas e distorcer a perceção pública sobre migrantes, enfatizando a necessidade de uma abordagem interdisciplinar para políticas migratórias mais éticas

OMS alcança acordo de princípio sobre tratado pandémico

Os delegados dos Estados membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram este sábado, em Genebra, a um acordo de princípio sobre um texto destinado a reforçar a preparação e a resposta global a futuras pandemias.

Prémio Inovação em Saúde: IA na Sustentabilidade

Já estão abertas as candidaturas à 2.ª edição do Prémio “Inovação em Saúde: Todos pela Sustentabilidade”. Com foco na Inteligência Artificial aplicada à saúde, o concurso decorre até 30 de junho e inclui uma novidade: a participação de estudantes do ensino superior.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights