Esta solução pioneira, desenvolvida por uma equipa liderada pelo Professor Doutor Henrique Silveira, oferece uma alternativa ética, segura e sustentável ao uso de sangue humano ou animal, atualmente indispensável para a criação destes mosquitos, essenciais para testar vacinas, inseticidas e estratégias de controlo da doença.
A malária continua a ser uma das principais ameaças à saúde pública global, com cerca de 263 milhões de casos e 597 mil mortes registados em 2023, sobretudo em África, onde 95% das mortes ocorreram e 76% das vítimas são crianças com menos de cinco anos. O processo de criação dos mosquitos para investigação enfrenta desafios éticos, logísticos e de biossegurança devido à dependência do sangue, problema que a BLOODless visa superar.
Desenvolvida em colaboração com o Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve e financiada pela Fundação Bill & Melinda Gates, a dieta BLOODless representa um avanço crucial na luta contra doenças tropicais negligenciadas transmitidas por vetores. A fórmula patenteada da BLOODless permite que esta inovação possa ser aplicada em locais remotos, particularmente em regiões endémicas de malária, facilitando a investigação e amplificando o impacto das estratégias de controlo da doença a nível global.
Esta solução viável e sustentável está já disponível para laboratórios de investigação em todo o mundo, eliminando um dos principais obstáculos à criação de mosquitos para fins científicos e contribuindo para o esforço global de eliminação da malária.
NR/PR/HN
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