Verão e saúde venosa: campanha partilha dicas essenciais para evitar os sintomas

28 de Maio 2025

 Quando a temperatura sobe e o calor se torna mais intenso, são muitos os que sentem um agravamento dos sinais e sintomas de Doença Venosa Crónica, como a sensação de peso e cansaço nas pernas e o inchaço nas pernas e pés.

Não é coincidência: o verão é, de facto, confirma Joana de Carvalho, médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular, o período mais desafiador para quem sofre com problemas de circulação venosa nos membros inferiores. É, por isso, uma altura importante para reforçar a informação sobre a Doença Venosa Crónica, através da campanha #LegsFirst, da Servier, que chega às redes sociais portuguesas com uma missão: transformar a saúde das pernas numa prioridade nacional.

“A Doença Venosa Crónica é caracterizada por um mau funcionamento da circulação venosa”, refere a especialista. “O calor provoca uma vasodilatação, pelo que vai agravar a sensação de peso, calor, inchaço, cansaço e dor nas pernas. O que significa que é expectável que as pessoas que já têm este tipo de problemas e sintomas os sintam ainda de forma mais intensa no verão. E mesmo as que habitualmente nem têm sintomatologia podem passar a ter.”

Trata-se de uma patologia crónica e evolutiva, ainda desvalorizada por um número significativo de pessoas, sobretudo numa fase inicial, o que muitas vezes leva a um diagnóstico tardio. Sabe-se que afeta a qualidade de vida dos doentes, pelo que um tratamento adequado e atempado é essencial. É por isso que, além da divulgação de informações úteis sobre esta doença, a campanha de sensibilização #LegsFirst irá incluir também rastreios da Doença Venosa Crónica nas farmácias de norte a sul do País, incluindo Açores e Madeira.

Uma das formas de prevenir e controlar a DVC é a adoção de medidas que promovem a circulação venosa. Fique a conhecer algumas destas medidas.

– Evitar a exposição prolongada ao sol – “A exposição ao sol é nefasta. A verdade é que, quando estamos muito tempo expostos ao sol, a nossa pele pode atingir mais de 40ºC. E isso leva, efetivamente, além da vasodilatação provocada pelo calor, a alterações cutâneas que podem causar o aparecimento de novos derrames”, esclarece a médica.

– Manter as pernas frescas – Pode continuar a desfrutar de uma ida à praia ou piscina, mas a especialista recomenda “manter sempre as pernas bem frescas com água do mar, da piscina, às vezes até com água termal, para evitar uma neovascularização, que é a formação de novos ‘vasinhos’, e que pode acontecer com a exposição a temperaturas elevadas”.

– Usar meias elásticas nas viagens – Os meses de verão são também os preferidos para viagens e “o facto de estarmos parados muito tempo, que acontece, inevitavelmente, nas viagens de avião, de comboio, ou de carro, que são prolongadas, vai dificultar a circulação venosa. Acresce ainda que isto também pode levar a algumas complicações, como o desenvolvimento de trombose venosa, que é a formação de um trombo que vai obstruir a veia”, refere a médica.

Aqui, o conselho é simples. “No avião e também no comboio, devemo-nos levantar, caminhar um bocadinho, exercitar as pernas. Mesmo sentados, podemos fazer alguns movimentos de ativação dos músculos da barriga da perna, movendo o pé para cima e para baixo ou realizando movimentos circulares, ingerindo bastante água e idealmente usando uma meia elástica para diminuir o risco de trombose venosa e que melhora o conforto com que se faz a viagem.”

Quando o percurso é feito de carro, deve-se “parar frequentemente, fazer estes exercícios, utilizar a meia elástica e ingerir água para estimular a circulação venosa”.

– Apostar na hidratação – “Uma boa hidratação acaba por impactar o bem-estar geral, as necessidades do nosso organismo”, refere a médica. “E o facto de ingerirmos mais água vai estimular a circulação venosa, o funcionamento da circulação linfática e, portanto, acaba por ajudar.”

– Cuidar do peso – “Há, de facto, alguns alimentos e suplementos que ajudam na circulação venosa”, confirma a médica. “Alguns têm um efeito quase igual ao de um diurético, como a cavalinha ou o dente-de-leão. Em termos de alimentação, aquilo que é mais importante é, de facto, manter o peso adequado, porque sabemos que a obesidade provoca um aumento da pressão intra-abdominal, o que vai prejudicar a normal circulação venosa dos membros inferiores.”

– Exercício físico, um aliado essencial – Contrariamente ao que muitos podem pensar, “o exercício físico é crucial”, refere Joana de Carvalho. Sobretudo exercícios “que movimentem, de forma cíclica e ritmada, os músculos da barriga da perna. Quando os mobilizamos, cada contração e extensão vai, no fundo, ajudar a bombear o sangue de retorno ao coração”. Exercícios como “elítica, bicicleta, caminhada de uma forma rítmica e vigorosa, que ajudam na ativação deste efeito de bomba muscular para a drenagem. Outros exercícios particularmente indicados são aqueles realizados dentro de água, porque proporcionam o benefício da pressão hidrostática”.

Ainda no âmbito da campanha #LegsFirst, os portugueses vão ser desafiados com o #LegsUpChallenge, convidando-os a tirarem selfies com as suas pernas ao alto, encostadas a uma parede, e a partilharem nas suas redes sociais, acompanhada da hashtag #LegsUpChallenge. Um desafio simples e divertido que pretende promover o bem-estar e a leveza das pernas.

Saiba mais em https://www.instagram.com/servierportugal e https://www.facebook.com/servierportugal.

NR/PR/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Auditorias da IGAS apontam fragilidades no combate à corrupção no SNS

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde realizou 14 auditorias a entidades do SNS desde 2023, que identificaram áreas críticas que exigem reforço nos mecanismos de controlo interno e prevenção da corrupção nas entidades auditadas, revela um relatório hoje divulgado

Programa Proinfância apoia mais de 1.200 crianças vulneráveis em Portugal

Desde o seu lançamento em Portugal, em 2021, o Programa Proinfância da Fundação ”la Caixa” tem acompanhado mais de 1.200 crianças e adolescentes, assim como mais de 800 famílias em situação de vulnerabilidade económica e risco de exclusão social em todo o território nacional. 

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights