O protesto, que inicialmente estava marcado para as 14:00 de quarta-feira, foi convocado na sequência de uma decisão do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de anular um concurso para colocação de novos clínicos naquela unidade de saúde, onde há milhares de utentes sem médico de família.
“A UCSP da Quinta do Conde tem 12.500 utentes sem médico de família, mas tínhamos um grupo de nove médicos, cinco dos quais já estavam a trabalhar, na expectativa de serem colocados no concurso aberto pela Unidade Local de Saúde da Arrábida (ULSA), que agora foi anulado pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse à agência Lusa a utente Carla Marina.
A Administração Central do Sistema de Saúde “tinha lançado um concurso para apenas sete vagas para a ULSA, não correspondendo às inúmeras solicitações previamente apresentadas para o reforço das vagas, nomeadamente com vista à concretização do referido projeto, o que levou o Conselho de Administração da ULSA a avançar com um concurso interno para seis médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar”, acrescentou.
Segundo Carla Marina, “cinco médicos que já estavam a trabalhar, na expectativa de serem colocados na futura USF da Quinta do Conde, ponderam agora abandonar o SNS”.
Os outros quatro médicos “também poderão vir a abandonar o projeto da futura USF da Quinta do Conde”, acrescentou.
“Estamos perante uma situação que põe em causa a futura USF, compromete o acesso da população a cuidados de saúde essenciais e desmotiva os profissionais que se preparavam para integrar um projeto inovador e estruturante para a região”, concluiu Carla Marina.
lusa/HN
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