“Consideramos que, neste momento, há um risco muito elevado de afogamento em Portugal”, disse à agência Lusa o presidente da entidade, Alexandre Tadeia.
De acordo com dirigente, o aviso surge pelo facto de haver uma “grande procura para ir a banhos” dos portugueses, devido às temperaturas altas, e por ainda não ter sido aberta oficialmente a época balnear.
“Claramente, há uma grande vontade dos cidadãos irem a banhos à praia”, realçou, reiterando que a maioria das praias ainda se encontra sem nadadores-salvadores, lembrando que, na última semana, houve “três mortes por afogamento no litoral e duas no interior”.
Apontando para uma grande afluência às praias neste fim de semana, o dirigente pediu aos banhistas que tentem ir para uma zona vigiada, tomando as devidas precauções.
“Apenas em algumas zonas do país, de uma forma muito pontual, é que existe já assistência a banhistas, mas na sua maioria só a partir do dia 06 [de junho]”, disse.
No âmbito da pandemia da covid-19, o Governo determinou que a época balnear só começa, este ano, em 06 de junho.
À Lusa, Alexandre Tadeia relembrou ainda que já foram contabilizadas 48 mortes por afogamento em 2020.
“Neste ano, já vamos com mais mortes no que em igual período do ano passado. Há uma semana, tínhamos 44 mortes por afogamento, enquanto em 2019 tínhamos apenas 28. Calculámos que estamos perante já 48 afogamentos, o que é, de facto, um valor muito elevado nesta altura do ano”, referiu.
LUSA/HN
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