Em relação aos casos confirmados, o país sul-americano somou 30.412 novos infetados nas últimas 24 horas, tendo ultrapasso a barreira dos 800 mil casos, num total 802.828 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus.
De acordo com o Ministério da Saúde, a letalidade da doença no Brasil, segundo país do mundo com mais casos e o terceiro com mais vítimas mortais pela covid-19, mantém-se hoje nos 5,1%, estando ainda a ser investigada uma eventual ligação de 3.588 mortes com a covid-19.
Até ao momento, o país registou a recuperação de 345.595 pacientes infetados, sendo que 416.314 doentes continuam sob acompanhamento.
A tutela avançou ainda que o Brasil soma 19,5 mortes e 382 casos por cada 100 mil habitantes, num país com uma população estimada de 210 milhões de pessoas.
São Paulo, foco da pandemia no país, concentra oficialmente 162.520 pessoas diagnosticadas e 10.145 vítimas mortais, sendo seguido pelo Rio de Janeiro, que tem hoje 75.775 infetados e 7.363 óbitos pela doença causada pelo novo coronavírus.
Já um consórcio formado pela imprensa brasileira informou que o Brasil registou 1.261 mortes e 30.465 novos infetados pelo coronavírus nas últimas 24 horas.
No total, o consórcio formado pelos principais ‘media’ do Brasil indicou que o país registou 805.649 casos e 41.058 vítimas mortais desde o início da pandemia, números diferentes dos que foram reportados pelo executivo.
A parceria entre vários órgãos da imprensa brasileira foi anunciada na segunda-feira, numa resposta à decisão do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de restringir o acesso a dados sobre o avanço do novo coronavírus no país. Contudo, por determinação do Supremo Tribunal brasileiro, o Governo voltou a divulgar os dados totais da pandemia.
O consórcio é formado pelos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Extra, empresas do Grupo Globo (jornal O Globo, portal de notícias G1, TV Globo e Globonews) e do portal da Internet UOL, que decidiram colaborar na recolha de informações junto das secretarias de Saúde dos 26 Estados do Brasil e do Distrito Federal.
O governador de São Paulo, estado mais rico e populoso do Brasil e que ultrapassou hoje a barreira das 10 mil mortes, anunciou a assinatura de uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac Biotech para testes e produção de uma vacina contra o novo coronavírus.
“Hoje é um dia histórico para São Paulo e para o Brasil, assim como para a ciência mundial. O Instituto Butantan fechou um acordo de tecnologia com a gigante farmacêutica Sinovac Biotec para a produção da vacina contra o coronavírus”, afirmou hoje o governador, João Doria, numa conferência de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede daquele governo regional.
A vacina, que está na terceira e última fase de pesquisas clínicas, deverá ser testada em nove mil brasileiros a partir de julho.
Se os testes demonstrarem a eficácia contra o novo coronavírus, a vacina será produzida também pelo Instituto Butantan, uma organização centenária e pioneira na pesquisa e desenvolvimento de vacinas no país sul-americano.
“O mundo contabiliza hoje mais de 100 vacinas em desenvolvimento contra o coronavirus, mas apenas dez atingiram a fase final de testes em humanos. A vacina [da Sinovac Biotech] e do Instituto Butantan é das mais avançadas contra o coronavírus”, afirmou Doria.
“Os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre e 2021 e, com esta vacina, poderemos imunizar milhões de brasileiros”, acrescentou o governador.
O estado de São Paulo deverá investir 85 milhões de reais (cerca de 15 milhões de euros) nos testes da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês. Este dinheiro faz parte do orçamento do Instituto Butantan, órgão público mantido pelo governo regional.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 417 mil mortos e infetou mais de 7,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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