O professor de Psicologia Richard Stephens e o aluno de doutoramento Olly Robertson realizaram um estudo, publicado na Revista “Frontiers in Psychology”, com o objetivo de verificar se a repetição dos “palavrões” “twizpipe” e “fouch” pode ser tão eficaz como pronunciar palavrões tradicionais para ajudar a tolerar a dor.
A investigação, financiada por Nurofen, envolveu a medição do limiar de dor de 92 participantes enquanto submergiam as mãos em água gelada. O limiar da dor foi medido pelo tempo que demoraram a sentir dor, e a sua tolerância à dor foi determinada pelo tempo em que foram capazes de manter as mãos na água gelada.
Cada participante aceitou o desafio quatro vezes, repetindo uma das palavras do teste em cada tentativa. A ordem das palavras foi aleatória, de modo a evitar qualquer possibilidade de distorção dos resultados.
O estudo constatou que dizer “twizpipe” e “fouch” gerou respostas emocionais bem-humoradas, mas tiveram pouco impacto quando se tratou de ajudar os participantes a lidar com a dor, em comparação com o uso de palavrões tradicionais, que induzem analgesia induzida pelo stresse e aumentam a tolerância à dor em 33%.
Richard Stephens refere que “este é o primeiro estudo para avaliar se os novos “palavrões” têm efeito no alívio da dor. Mas isso não aconteceu, apesar de serem classificados como engraçados e emocionalmente excitantes. Esta nova descoberta confirma que não são as propriedades superficiais dos palavrões, como a sonoridade, que estão por trás dos seus efeitos benéficos, mas algo muito mais profundo, provavelmente ligado à infância e à aprendizagem dos palavrões à medida que vamos crescendo”.
NR/HN/Adelaide Oliviera
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