Hospital Privado do Alentejo em Beja vai implicar investimento de 26ME

15 de Setembro 2021

O Hospital Privado do Alentejo, a construir em Beja, vai implicar um investimento de 26 milhões de euros e criar 250 postos de trabalho para “reforçar a oferta de cuidados de saúde hospitalares diferenciados”, foi hoje divulgado.

O futuro hospital, cujo projeto é hoje apresentado em Beja, resulta de uma parceria entre o grupo Empírica, criado em 2018 por especialistas do setor da saúde com experiência nos principais grupos portugueses, e a empresa alemã líder em tecnologia médica Siemens Healthineers, referem os parceiros.

Segundo o grupo e a empresa, em comunicado enviado à agência Lusa, a nova unidade hospitalar, que deverá abrir no último trimestre de 2023, vai “impactar 120 mil pessoas na sua área de influência direta”.

Entre as várias valências, o hospital vai contar com “um centro de diagnóstico avançado e com tecnologia de última geração para as áreas de intervenção minimamente invasivas, podendo dar resposta a doentes agudos e crónicos”.

O projeto também inclui uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, com 80 camas.

Com uma “aposta forte na digitalização e na experiência do paciente”, o hospital “pretende tornar-se uma unidade de saúde privada de excelência” e “um prestador privado de referência em áreas como a cardiologia e a oncologia”, frisam os parceiros.

“Os residentes em Beja e no Baixo Alentejo têm as mesmas necessidades dos de Lisboa ou do Porto e nós estaremos cá para os servir”, afirma o diretor-executivo do grupo Empírica, Francisco Miranda Duarte, citado no comunicado.

O Hospital Privado do Alentejo “é o primeiro passo no plano de expansão” do Empírica, que é o promotor e será o gestor da unidade alentejana.

A Siemens Healthineers está presente no projeto como parceiro estratégico do Empírica através da disponibilização de soluções e tecnologia médica avançadas e no apoio à digitalização e otimização da experiência do paciente, indicam.

Segundo Francisco Miranda Duarte, os hospitais do grupo, como o Hospital Privado do Alentejo, “serão os primeiros concebidos numa era pós-covid-19 a serem implementados em Portugal”.

Por isso, frisa, “incorporam os aspetos essenciais de uma nova realidade assistencial e da procura de cuidados de saúde, incluindo a deslocação sempre que possível da prestação de cuidados para perto do doente”.

Por exemplo, doentes com patologias cardíacas serão acompanhados 24 horas por dia, “no conforto do seu lar”, junto das famílias ou dos cuidadores, refere.

O grupo também quer criar “um ambiente altamente tecnológico e digital, capaz de garantir a integração de toda a informação clínica através da interoperabilidade entre todos os sistemas de informação departamentais”.

De acordo com o diretor-executivo da Siemens Healthineers Portugal, Ivan França, também citado no comunicado, “o paradigma da prestação de cuidados de saúde está em transformação” e “os cuidados e os pacientes não estão circunscritos às fronteiras físicas do hospital”.

O acompanhamento dos pacientes, “cada vez mais”, deve “ser feito onde quer que eles estejam”, o que “é possível através de plataformas digitais, tecnologias diferenciadoras e processos clínicos e operacionais otimizados, que têm o paciente como elemento central”, explica.

“Pensar a prestação de cuidados desta forma implica pensá-la a longo prazo e é isso que está na génese” do Hospital Privado do Alentejo, que vai “reforçar a oferta de cuidados na região”, frisa Ivan França.

 A apresentação pública da futura unidade está marcada para as 15:00, numa unidade hoteleira da cidade.

LUSA/HN

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