“Já estamos a financiar os projetos imateriais”, salientou Ana Abrunhosa, na cerimónia de lançamento da obra do edifício UC Biomed, em terreno do Polo das Ciências da Saúde da Universidade de Coimbra (UC).
Antiga presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a governante recordou que na década passada a Comissão Europeia reconheceu o Centro de Portugal como “região europeia de referência para o envelhecimento ativo e saudável”.
Além do MIA Portugal, o novo equipamento público, cuja construção deverá estar concluída em 2023, deverá albergar outros laboratórios de investigação científica da UC, cujo reitor, Amílcar Falcão, interveio no ato, tal como o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
A ministra da Coesão Territorial, que acompanhou desde o início, há cerca de 12 anos, o processo de candidatura do projeto aos fundos da União Europeia, então como vice-presidente da CCDRC, frisou que o MIA “já faz parte de uma rede nacional” com outras entidades de investigação congéneres, localizadas em Lisboa, Porto e Algarve.
A construção do MIA, no Polo III da UC, próximo dos Hospitais da Universidade de Coimbra, está orçada em 20 milhões de euros mais IVA, enquanto a candidatura global do projeto aprovada pela União Europeia ronda os 50 milhões de euros, também mais IVA.
“Este projeto é muito ambicioso, mas muito necessário”, referiu Ana Abrunhosa, realçando ainda ter sido “pensado para [responder a] um dos desafios mais importantes da nossa sociedade”, tendo em vista um envelhecimento das pessoas ativo e com mais qualidade.
Na sua opinião, o MIA Portugal “é um projeto único” que valoriza “o poder que a ciência tem para mudar a vida das pessoas e para o empreendedorismo”, bem como para criar riqueza, promovendo “inovação e melhor qualidade de vida”.
“Precisamos de ter mais Europa em Portugal, mas também fazemos Europa com Portugal”, defendeu, por sua vez, Manuel Heitor.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior enfatizou o facto de o Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento nascer de “uma articulação de diferentes fontes de financiamento”.
A encerrar a sessão, o reitor Amílcar Falcão lembrou que o lançamento da obra é o “resultado de 12 anos de trabalho”, com um processo em que estiveram envolvidos dois antecessores seus na liderança da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos e João Gabriel Silva, presentes na cerimónia.
Com uma área bruta total de 12.427 metros quadrados, o UC Biomed vai albergar laboratórios de investigação, plataformas tecnológicas de apoio à investigação e o biotério da Universidade.
LUSA/HN
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