Um especialista que observou o detido determinou que este sofre de esquizofrenia paranoica e, portanto, a sua responsabilidade criminal é reduzida, disse o promotor Gerhard Neuhof numa conferência de imprensa conjunta com a polícia.
O suspeito, um homem de 27 anos de nacionalidade síria, foi internado num hospital psiquiátrico e enfrenta a acusação de tentativa de homicídio, disse Neuhof, que falava em Neumarkt (sul da Alemanha), perto do local onde o incidente ocorreu.
Por seu turno, o vice-presidente da Direção da Polícia de Oberpfalz, Thomas Schöninger, elevou para quatro o número de feridos no atentado, ocorrido a bordo de um comboio de alta velocidade que circulava entre Passau (sul) e Hamburgo (norte).
Segundo Schöninger, tudo indica que as vítimas do ataque foram escolhidas “arbitrariamente”.
São quatro homens entre 26 e 60 anos, um dos quais está em estado grave após ter sofrido um grave ferimento na cabeça, embora a sua vida não esteja em perigo. Os restantes sofreram cortes e feridas de punção.
“Não há indicação de um contexto islâmico ou terrorista, nem as investigações, interrogatórios e buscas que realizámos indicam qualquer premeditação ou preparação”, acrescentou Sabine Nagel, diretora da polícia criminal de Oberpfalz.
Nagel especificou que o suspeito residia na Alemanha desde 2014 e tinha estatuto de refugiado, observando que na véspera do ataque ele havia perdido o emprego na cidade de Passau.
O procurador encarregado do caso explicou que o detido admitiu os factos e alega que se sentiu perseguido e que se considerou “ameaçado” pelo primeiro homem que atacou, que julgava querer matá-lo.
Testemunhas do ataque citadas pelo canal televisivo privado NTV relataram que o suspeito tinha mostrado um comportamento conspícuo antes do ataque, gritando e pedindo ajuda, o que corrobora a hipótese de transtorno mental.
O ataque ocorreu na manhã de sábado passado, perto da cidade de Seubesdorf, no Estado alemão da Baviera.
Pouco antes das 9:00 locais, a Polícia recebeu várias ligações alertando sobre o ataque. Os agentes policiais detiveram o agressor numa das casas de banho do comboio, onde se tentou se esconder, sem ter oferecido resistência.
No seu bolso, foi encontrada a suposta arma do crime, um canivete com cerca de sete centímetros de comprimento.
LUSA/HN
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