Centro de Apoio à Saúde Oral vence Prémio Maria José Nogueira Pinto

16 de Novembro 2021

O Centro de Apoio à Saúde Oral (CASO), da ONG Mundo a Sorrir, venceu a 9.ª edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social. O projeto vencedor já apoiou mais de 7.000 pessoas desde a sua fundação, em 2009.

O prémio de 10.000 euros vai permitir à Mundo a Sorrir ajudar mais pessoas com o projeto CASO, não só no Porto, onde surgiu em 2009, mas também em Braga, Lisboa e Cascais.

Depois de receber o prémio, numa cerimónia que aconteceu no dia 9 de novembro no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a presidente da Mundo a Sorrir, Mariana Dolores, falou ao HealthNews do seu projeto: “[O CASO] visa a utilização da saúde oral como uma ferramenta para promover a inclusão social, para tentarmos aumentar a autoestima, para tentarmos promover melhores estilos de vida saudáveis e potenciarmos a empregabilidade”, beneficiando pessoas em condição socioeconómica mais vulnerável, “que não recebem apoio por outros meios”.

A pandemia de Covid-19 veio dificultar ainda mais a vida destas pessoas, tendo-se registado “um aumento muito significativo de pedidos de apoio”, pelo que “as necessidades são imensas”, alertou Mariana Dolores.

Apesar de o CASO ser um projeto direcionado para a medicina dentária, o seu objetivo principal é “a inclusão social”, garante a presidente da Mundo a Sorrir: “Nós queremos potenciar oportunidades. Nós queremos quebrar ciclos de pobreza. Nós queremos permitir que os nossos beneficiários tenham acesso a uma vida melhor pela melhoria da sua condição de saúde oral”.

Por isso, a presidente terminou com um agradecimento pela atribuição do prémio, que vai permitir ao CASO comprar consumíveis médicos e de reabilitação oral (prótese dentária).

Nesta edição, o júri atribuiu também quatro Menções Honrosas aos seguintes projetos: “Projeto Viver Novamente”, da Associação Novamente – Apoio aos Traumatizados Crânio-Encefálicos; “Cozinhar com as Avós”, do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Luz – Albernoa; “LinkedOUT”, da Associação Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal, e “Cozinha Colaborativa do Jarmelo”, da AIIR. Cada uma destas iniciativas recebeu 1.000 euros.

O Prémio Maria José Nogueira Pinto distingue anualmente o trabalho desenvolvido por pessoas que se destacam no contexto da responsabilidade social, tendo sido instituído em 2012 pela MSD.

O diretor-geral da MSD Portugal, Vítor Virgínia, disse ao HealthNews que o sucesso deste prémio assenta em “três pilares fundamentais”: “a invocação de Maria José Nogueira Pinto, uma figura que deixou a sua herança na nossa sociedade, na saúde e em múltiplas outras áreas, pela intervenção transversal que tinha na sociedade e no fazer bem”; o júri, pela “sua dedicação” e pela “dignidade que traz à cerimónia e às decisões que são tomadas”; e “a responsabilidade social, que é um tema extraordinariamente grato à MSD”, “cuja missão é ter um impacto na saúde e na vida das pessoas”.

Vítor Virgínia destacou ainda “a diversidade de galardoados” na edição deste ano, “porque abrange múltiplas áreas da intervenção social”, e sublinhou a importância de todos os projetos.

Maria de Belém Roseira, presidente do júri, foi a primeira a discursar na cerimónia do passado dia 9, que contou ainda com as intervenções de Vítor Virgínia, Jaime Nogueira Pinto, José Miguel Júdice, da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e de Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República não pôde estar presente pela primeira vez, por se encontrar na tomada de posse do Presidente eleito de Cabo Verde, mas deixou uma mensagem em vídeo. Além disso, foi prestada homenagem ao padre Vítor Feytor Pinto, que faleceu em outubro e era um dos membros do júri.

Os intervenientes realçaram a importância do Prémio e recordaram a vida e o legado de Maria José Nogueira Pinto. “Este prémio tem tudo a ver com ela e terá tudo a ver connosco se soubermos ser dignos dela e do seu exemplo”, afirmou o advogado José Miguel Júdice.

O diretor-geral da MSD Portugal frisou que a próxima edição “é um marco muito importante”. “Nós queremos fazer desta décima edição algo verdadeiramente marcante, que agregue os acontecimentos das anteriores nove, que reflita o impacto que nestes 10 anos houve na sociedade fruto deste prémio e da contribuição da MSD”, adiantou Vítor Virgínia.

HN/Rita Antunes

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