Baixa taxa de vacinação da Bulgária é um risco para toda a UE

20 de Novembro 2021

O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, alertou que a situação na Bulgária, o país menos vacinado contra a covid-19 da União Europeia (UE), representa “um grande risco” para todo o continente.

Com apenas 24,2% da população totalmente vacinada, em cerca de 6,9 milhões, a Bulgária está atrás da média europeia, de 68%, segundo os dados da Agência France-Presse (AFP) recolhidos junto de fontes oficiais.

Durante a visita aquele país, Thierry Breton salientou que a Bulgária “não é uma ilha” e que faz “parte da Europa”.

E apontou que com uma taxa de vacinação tão baixa “pode tornar-se um foco da pandemia” de covid-19.

“É um grande risco, claro, para a Bulgária, mas também para todos os outros, para todo o nosso continente”, frisou.

O responsável pela coordenação do abastecimento de vacinas contra a covid-19 da UE referiu ainda que teme o surgimento, no inverno, de uma nova variante do SARS-CoV-2 “mais resistente” na Bulgária, o país mais pobre dos 27 Estados-membros.

“Se não fizermos nada, poderemos ter uma variante búlgara. Porque muitas pessoas não foram vacinadas, pode-se gerar uma nova variante. Seria uma péssima notícia para a Bulgária, mas também para todos nós”, insistiu Thierry Breton.

A vacinação contra a covid-19 no país dos Balcãs enfrenta uma forte desconfiança da população, motivada pela disseminação de notícias falsas.

A taxa de mortalidade devido à covid-19 é também uma das mais altas do mundo.

O país está privado de um Governo estável desde abril e o executivo em funções apenas recentemente introduziu a exigência de um passe sanitário, que surtiu um pouco de efeito no controlo da pandemia, embora se tenha abstido de tomar as medidas mais severas e impopulares.

“Não se deve misturar política com ciência ou saúde”, apontou o comissário europeu do Mercado Interno, antes do encontro com o primeiro-ministro interino Stefan Yanev.

“É da responsabilidade das autoridades búlgaras proteger a população”, concluiu.

A covid-19 provocou pelo menos 5.130.627 mortes em todo o mundo, entre mais de 255,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/NR/HN

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