“Provavelmente, [as autoridades de saúde] geriram a atuação de acordo com o que era uma situação nova, sempre com o objetivo último de conter contactos, de evitar a transmissão da infeção e de proteger as pessoas”, disse a governante aos jornalistas, no final de uma visita à unidade hospitalar de Lamego.
Um caso da variante Ómicron relacionado com o surto na Belenenses SAD levou ao encerramento temporário dos serviços de urgência pediátrica e consulta externa de pediatria do Hospital Garcia de Orta.
Marta Temido explicou que “as decisões sobre isolamentos e sobre isolamento de contactos são sempre decisões técnicas”.
“Como qualquer decisão médica, é tomada por um médico em função do caso concreto e não nos cabe pronunciar-nos sobre uma decisão técnica”, frisou.
A governante disse que “não cabe à ministra da Saúde, nem a qualquer ministro, discutir com o médico se encaminhou bem ou mal o seu utente para uma cirurgia ou para uma consulta” e que o mesmo se aplica nas decisões relacionadas com casos de saúde pública.
“Como estamos todos muito sujeitos à pressão, são decisões mais escrutináveis e que, aparentemente, parecem mais lineares, mas têm por trás um conjunto de interpretações técnicas que nós temos que respeitar”, afirmou.
No entanto, Marta Temido disse que compreende “que às vezes, em abstrato, possa parecer que se está a decidir de forma diferente relativamente a uma situação idêntica”.
Na quinta-feira, o Hospital Garcia de Orta anunciou que não tinham, até à data, sido identificados casos positivos nos 28 profissionais em isolamento profilático imediato após o caso da variante Ómicron relacionado com o surto na Belenenses SAD.
Questionada pelos jornalistas sobre o número de casos da variante Ómicron, a ministra disse não ter a informação atualizada.
“Sei que houve casos para além dos 13 iniciais, mas mais do que eu a Direção-Geral da Saúde ou o Instituto de Saúde Ricardo Jorge podem atualizar a situação”, afirmou.
Marta Temido disse também não ter informação detalhada se os hospitais já enviaram as escalas de Natal e de Ano Novo para o Ministério da Saúde.
“Quem acompanha esse tema é o gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Saúde”, referiu, acrescentando que, nesta altura, a maioria já devem ter sido entregue.
LUSA/HN
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