Em comunicado, o sindicato especificou que os médicos apresentaram a carta de demissão ao presidente do conselho de administração e ao diretor clínico, tendo a mesma sido assinada por todos os chefes de equipa, à exceção da diretora do serviço de urgência que também exerce funções de chefe de equipa.
“A demissão coletiva é motivada pela grave carência de recursos humanos médicos no serviço de urgência daquele centro hospitalar, que já não permite assegurar cuidados em segurança para os doentes”, referiu.
A título de exemplo, o SIM revelou que nas noites de 31 de dezembro de 2021 e 01 de janeiro de 2022 em vez de cinco médicos haverá apenas dois médicos.
Os cuidados que eram assegurados por dois médicos de medicina interna e três generalistas passam, agora, a ter de ser assegurados por apenas dois médicos de medicina interna, sublinhou.
“Isto inclui atender não só os doentes triados com vermelho e laranja, executar tarefas inerentes ao chefe de equipa e proceder a transportes de doentes críticos, como também atender todos os doentes da área médica triados com verde ou amarelo e apoio à área dedicada a doentes com covid-19 ou suspeitos de covid-19”, adiantou o sindicato.
A isto, acrescentou o SIM, nessas duas noites não haverá médicos de ginecologia/obstetrícia no serviço de urgência.
Esta situação é de “enorme gravidade” porque recorrem ao centro hospitalar grávidas e parturientes de todo o país, frisou, ressalvando não haver qualquer aviso às grávidas de que a urgência de obstetrícia está encerrada nessas noites.
O Sindicato Independente dos Médicos marcou já uma reunião com o Conselho de Administração, por solicitação deste, para abordarem esta questão.
NR/HN/LUSA
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