Através das redes sociais, e numa declaração citada pela agência EFE, Ignasi Cambra disse que ficou “preso” durante algumas horas no aeroporto de El Prat – Barcelona: “[A TAP] recusou deixar-me viajar com o meu cão-guia”.
O músico adiantou que reservou o voo na quarta-feira (dia 29) à noite e tentou enviar o formulário necessário para o ‘website’ para dizer que estava a viajar com um animal de assistência, mas o envio “não funcionou”.
“Por isso, fui ao balcão, como faço sempre numa situação como esta, e eles simplesmente recusaram-se a levar-me com o meu cão, porque dizem que eu não os informei com mais de 48 horas de antecedência”, referiu.
Perante o sucedido, o pianista deixou uma questão: “Como é suposto eu avisá-los com 48 horas de antecedência quando reservei o voo na noite anterior? Isto significa que, como cego que viaja com um cão-guia, não estou autorizado a reservar um voo de última hora como todos os outros?”
O músico sublinhou que tentou contactar o pessoal da companhia aérea portuguesa por telefone, durante uma hora, “sem sucesso”. Finalmente, como “favor”, explicou, foi-lhe permitido embarcar noutro avião, mas acabou por só chegar a Portugal ao meio-dia de sexta-feira.
Ignasi Cambra questionou, em tom irónico, se deve agradecer à companhia por fazer “uma exceção à sua regra”.
A Lusa contactou a TAP, que, num comentário por escrito, “lamenta o ocorrido e o transtorno causado por esta situação”, e garante que “está a rever os procedimentos no sentido de agilizar o processo de futuro”.
Porém, salienta que para assegurar o melhor serviço possível no transporte de animais, e alertar todos os envolvidos, “é necessário reservar o serviço com antecedência”.
Não tendo sido possível neste caso, “a TAP diligenciou para que o passageiro e o cão-guia fossem acomodados o mais rapidamente possível, no voo imediatamente seguinte, tendo assim embarcado algumas horas depois do originalmente previsto”, concluiu.
LUSA/HN
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